sábado, 17 de outubro de 2009

Transtorno e Ansiedade de Separação

Segundo o Dr. Marco Wildt, que escreve na Internet sobre psiquiatria infantil, a característica essencial do Transtorno de Ansiedade de Separação é a ansiedade excessiva, envolvendo o afastamento de casa ou de pessoas com forte vínculo afetivo, normalmente a mãe. Crianças com este transtorno vivenciam um sofrimento excessivo quando separadas de casa ou de pessoas de vinculação afetiva importante, bem como podem sofrer antecipadamente diante da simples possibilidade de futura separação.

Há casos de saudade extrema com sentimentos de doença (febre, diarréia, vômito etc.) devido ao desconforto de permanecerem longe de casa. Ao serem separadas de pessoas principais de vinculação afetiva, as crianças abrigam temores de que acidentes ou doenças possam agredir as pessoas a quem têm apego ou a elas próprias. Freqüentemente expressam medo anormal de se perderem e de jamais reverem seus pais.

Costumam evitar ir a qualquer lugar sozinhas. Essas crianças, segundo o Dr. Marco, são incapazes de permanecer num quarto sozinhas, podem relutar ou recusar-se a ir à escola ou a fazer outro tipo de atividade fora de casa. Andam juntos, como uma sombra, atrás dos pais, não só externamente, como por toda a casa.

Apresentam insegurança para dormir, insistindo para que alguém permaneça a seu lado até adormecerem. Costumam procurar a cama dos pais, de um irmão ou de outra pessoa significativa à noite, podendo haver pesadelos, cujos conteúdos expressam os temores fantasiosos da criança. Queixas somáticas, como dores abdominais, de cabeça, náuseas e vômitos são comuns quando a separação ocorre ou está próxima de ser concretizada.

Fora de casa, podem exibir retraimento social, tristeza, apatia ou dificuldade para concentrar-se no trabalho, estudo ou brincadeiras. Dependendo da idade, podem apresentar medo de animais, monstros, de escuro, de ladrões, de bandidos, de acidentes, seqüestradores, viagens aéreas, situações perigosas que podem envolver sua vida e de sua família. As preocupações com a morte e o morrer são comuns.

Quando extremamente perturbadas diante da perspectiva de separação, podem apresentar raiva ou às vezes agredir fisicamente a pessoa que está forçando a separação. As exigências excessivas da criança em relação à atenção, ao carinho e ao amor freqüentemente se transformam em uma fonte de frustração para os pais, provocando ressentimento e conflito na família.

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