terça-feira, 11 de maio de 2010
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Creme dental infantil não é eficiente contra cáries
Quantidade de fluor presente nesse produto, não é suficiente para previnir o problema.
Um novo estudo realizado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) coloca em xeque a eficácia do creme dental específico para crianças.
Segundo pesquisadores, a baixa concentração de flúor não é tão eficiente contra as cáries e para prevenir manchas nos dentes, a chamada fluorose.
Até então, achava-se que a grande vantagem destes cremes dentais era a baixa taxa de flúor, que supostamente ajudaria a prevenir doenças dentárias e cáries, já que até os 3 anos, a criança não sabe cuspir ou bochechar, e por isso acabaria engolindo mais flúor do que o recomendado.
Em excesso, essa substância causa fluorose, problema que afeta o esmalte e produz manchas nos dentes. Em casos mais graves, os dentes ficam porosos e amarronzados.
O problema é que, segundo a pesquisa, a fluorose não é causada pela concentração do flúor no reme dental, mas pela ingestão de uma grande quantidade do produto.
Para diminuir o risco de fluorose e evitar cáries, as crianças deveriam usar o creme dental convencional em pouca quantidade - semelhante a um grão de arroz, e não o próprio para crianças que tem menor concentração de flúor deixando de ser eficaz na prevenção das cáries.
Prevenção de cáries
Os pesquisadores explicam que a melhor maneira de prevenir o aparecimento de cáries nos dentes das crianças é começar os cuidados logo após o nascimento.
Nos recém-nascidos, o ideal é passar uma gaze ou fralda umedecida com água filtrada por toda a boca, limpando a gengiva, bochechas e língua para remover os resíduos do leite.
A partir do 6º mês, quando costumam aparecer os primeiros dentes, pode-se usar uma dedeira. A escovação começa a partir do primeiro ano com uma escova macia.
Evitar a mamadeira noturna e controlar a alimentação do seu filho em relação a ingestão de balas, doces, iogurtes e refrigerantes, que são inimigos da boa higiene bucal. A escovação, com creme dental comum, deve ser feita ao acordar, depois das refeições e antes de dormir.
Fonte:
Chupar o dedo - como lidar com esse habito dos filhos
O
dedo é ainda pior que a chupeta e um estudo
revela que ambos podem afetar o
desenvolvimento da fala da crianças
Ana Paula Pontes e Patrícia Cerqueira
Você está com dificuldade
de tirar a chupeta do seu filho? Saiba que
não está sozinha. Muitos pais ficam
apreensivos na hora de eliminar esse
acessório da vida das crianças. Assim como
chupar o dedo, esse hábito é aceitável até
os 2 ou 3 anos. Crianças de 4 ou 5 anos já
devem estar longe do dedo, da chupeta e
também da mamadeira.
Cientistas da Universidade de Washington
analisaram 128 crianças entre 3 e 5 anos e
revelaram que aquelas que usaram chupeta por
pelo menos três anos apresentaram mais
chance de ter dificuldades para falar se
comparadas àquelas que não tinham o hábito.
O mesmo risco apareceu para quem chupava o
dedo.
O estudo ainda mostrou
que crianças que eram amamentadas por mais
tempo (em torno de 9 meses) tinham menos
chance de ter problema. De acordo com os
pesquisadores, sucções fora do aleitamento
materno, como chupeta, dedo e até mamadeira,
podem ser prejudiciais para a criança, porém
outras pesquisas são necessárias para
comprovar esses resultados.
Para ajudar você a tirar
as dúvidas mais comuns de quem está passando
por essa fase de eliminar a chupeta e o dedo
do dia a dia do filho, selecionamos algumas
dicas sobre o assunto:
Toda criança adquire o hábito?
Alguns bebês sugam o polegar desde a fase
intra-uterina. É um reflexo de sucção. A
chupeta, oferecida pelos pais, pode ou não
ser aceita pela criança, dependendo de sua
necessidade de sucção. Para algumas, sugar o
peito da mãe basta. Outras precisam mais,
relaxam, acalmam-se com a chupeta. Mas não
há aí relação com a personalidade futura do
filho. Sugar é a forma que os bebês têm de
se acalmar.
É pior chupar dedo? Por quê?
É pior, pois será mais difícil a criança
abandonar o hábito. O bebê não pega a
chupeta sozinho, mas pode colocar o dedo na
boca mesmo dormindo.
Dedo ou chupeta fazem mal para os dentes e
para a fala?
Sim. A posição da língua na boca fechada é
atrás dos incisivos centrais superiores (os
dois dentes da frente). Na sucção, ela fica
abaixo da chupeta em movimento de vai-e-vem.
Isso muda as relações entre os músculos da
face, deixando o palato mais alto, os dentes
mais protrusos e a musculatura não
adequadamente desenvolvida. Mas leva tempo
para acontecer. Uma criança de 5 anos que
chupa dedo ou chupeta corre mais risco de
ter todos esses problemas.
Quando o hábito deve ser interrompido?
Por causa dos problemas citados, é aceitável
manter esses hábitos até no máximo os 3
anos, quando ainda é fácil corrigi-los. A
maioria das crianças abandona o uso da
chupeta nessa época. A sucção do dedo pode
demorar mais, por estar muito acessível.
Porém, o melhor é interromper esses vícios o
mais cedo possível. Quando prolongados
demais, o risco de problemas bucais aumenta.
Há casos em que apenas a colocação de
aparelhos nos dentes permanentes poderá
corrigi-los.
Qual é a melhor maneira de fazer a criança
largar?
Não tem
um jeito fácil de deixar
hábitos. Mas colocar substâncias ruins no
dedo ou na chupeta está fora de questão. O
melhor é proporcionar à criança um ambiente
tranqüilo, seguro e elogiá-la, sem exageros,
sempre que não estiver sugando. Não convém
também fazer chantagens (oferecendo prêmios
para que a criança pare com a mania),
ameaças ou comparações do tipo "você fica
feia quando chupa o dedo". O ideal é nem
mencionar muito o hábito, para que não ganhe
proporção além da conta. O recomendável é
levar a criança a abandonar o dedo ou a
chupeta aos poucos, apresentando-lhe outras
opções de distração que usem as mãos. No
caso da chupeta, é possível tomar algumas
medidas. Não deixe mais de uma chupeta
acessível à criança e evite mantê-la presa à
sua roupinha para que não seja usada com
freqüência. Restrinja o uso apenas para a
hora de dormir e retire a chupeta logo que a
criança adormecer. Não mergulhe a chupeta em
substâncias doces nem a ofereça toda vez que
a criança manifestar insatisfação e desejo.
Há circunstâncias mais favoráveis à
retirada?
Não é boa hora retirar a chupeta se a
criança estiver passando por alguma situação
nova, de mudança, em casa ou na escola. Uma
coisa de cada vez. Mas o nascimento de um
irmão, por exemplo, não é justificativa para
que o mais velho fique com chupeta (ou
mamadeira) pelo período que o outro estiver
usando. Dessa forma não se está protegendo,
mas prejudicando o mais velho em seu
desenvolvimento.
Quando a criança reage muito mal à retirada
da chupeta, é aconselhável devolvê-la?
Deve-se
limitar o uso da chupeta
gradualmente, desviando a atenção para
outros objetos, dando mais apoio e segurança
ao filho. Mas chorar é a reação normal e
esperada de qualquer criança. Nada
agradável, mas esperada. Os pais precisam
estar de acordo com o momento da retirada.
Porque, se um dos dois não está convencido,
provavelmente o hábito vai permanecer. É
comum ter pena da criança como se ela
estivesse perdendo algo bom, importante.
Mas, se ela não pode nunca chorar sem causar
extrema ansiedade na família, provavelmente
a chupeta se tornou importante para os pais.
E um filho considera importante,
estressante, perigoso, amedrontador o que os
pais acham.
Que reações a criança costuma ter na hora de
abandonar o dedo ou a chupeta?
Um pouco
de ansiedade, insegurança,
birra e possivelmente acordará um pouco mais
à noite. É comum. Mas, em geral, dura pouco.
É recomendável oferecer a chupeta para a
criança deixar de chupar o dedo ou permitir
que pegue o dedo ao abandonar a chupeta?
Pegar o dedo após a chupeta não é comum,
mas, tanto em uma situação quanto na outra,
não há vantagem em trocar de hábito. Melhor
seguir firme nas tentativas, nunca castigar,
dar proteção e muito reforço positivo, além
de distrair a criança com outras opções. Ela
mesma vai se encantar ao descobrir que há
coisas mais interessantes no mundo do que
chupar o dedo ou a chupeta.
Fonte: Filhos Adotivos