terça-feira, 11 de maio de 2010

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Mudanças práticas que tornaram a maternidade mais fácil

Da Gestão a Hora da Escolinha, uma série de esforços ajudam as mães


"Padecer no paraíso" é uma situação que nunca vai mudar
para quem já sabe o que é ser mãe. O fato é que isso
se tornou uma tarefa mais fácil hoje do que era na
época das vovós, devido a alguns avanços. Desde a fase
da gestação até a educação dos filhos, algumas
melhorias vieram para facilitar a vida da mãe.

A gravidez é assistida pelo médico desde o primeiro
mês, os exames evoluídos permitem prever problemas no
desenvolvimento do bebê e até o parto está menos
dolorido. A seguir, veja o que facilitou a jornada das
mamães.



O teste deu positivo



Hoje o pré-natal é obrigatório e medida
essencial para toda a mãe que quer garantir a saúde e
bem-estar do bebê. "O ultrassom só se difundiu há
aproximadamente 15 anos.
Antes disso, fazíamos exames medindo a barriga da mãe
para supor qual era o tamanho do bebê e o coração
era escutado através de um estetoscópio", diz a
ginecologista Maria Cecília Erthal. Hoje, o ultrassom
está à disposição de todas as gestantes nas redes
pública e privada. "Esse exame é importante na medida
em que detecta uma série de problemas, tais como
alterações genéticas que podem causar Síndrome de
Down e verificar se todos o aparelhos morfológicos da
criança estão funcionando", conforme indica a
especialista.

vó e neto - foto: Getty Images

Os nove meses inesquecíveis da gestação têm hoje maiores
possibilidades de cuidados com a saúde como, por
exemplo a reposição de ácido fólico, indicada três meses
antes da gravidez para evitar má formações no bebê
(na espinha e no encéfalo) e a reposição de cálcio no
caso de mães que terão gêmeos, já que eles consomem
mais este nutriente - o que não existia há 20 anos.
"Além disso, devido a estudos médicos, hoje se
sabe que o ideal é que a mãe não ganhe mais de 1 kg por
mês durante a gestação, o que não ocorria há algumas
décadas", explica Maria Cecília.

Parto seguro

O parto também se tornou algo menos doloroso e
arriscado. "Há 25 anos não havia a anestesia peridural,
as grávidas apenas levavam uma anestesia no local do
corte". A cesariana também é um grande avanço (salvo nos
casos em que as mulheres a fazem sem necessidade),
pois, há meia década, quando havia alguma complicação que
impedisse o parto normal, a cesariana era bastante
arriscada, pois frequentemente trazia
problemas de cicatrização do corte, os fios de sutura se
rompiam e havia grandes riscos de inflamações.

Cuidando dos filhos

Depois de nascidos, os bebês têm hoje à disposição uma
série de cuidados para preservar sua saúde e
identificar precocemente doenças. "Logo que nascem,
são submetidos basicamente a três exames: o teste do
pezinho (que detecta hipotiroidismo e
fenilcetonúria), o teste do olhinho (para identificar
catarata congênita e retinoblastoma, por exemplo)
e o teste de audição", a pediatra Isabel Rey Madeira,
da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Os avanços no sistema de vacinação também diminuíram
muito os índices de algumas doenças, como poliomielite,
sarampo, rubéola, pneumonia, e meningite - o que ocorreu
há mais ou menos 20 anos.


mãe lê para bebê - foto: Getty Images


Também houve avanços em relação às leis de
licença-maternidade, que permitem uma maior interação
entre a mãe e o bebê, facilitando o aleitamento. A
licença surgiu no Brasil em 1943 e, sendo paga pelo
empregador, causava uma restrição para as mulheres
no mercado de trabalho.

"Apenas nos anos 70 os custos da licença
maternidade passassem a ser pagos pela Previdência
Social, mas a mulher gestante ainda não tinha
garantia de emprego, e muitos empregadores
dispensavam as mulheres", diz a médica. Apenas na
constituição atual, de 1988 é que a estabilidade durante
esse período passou a ser garantida pelo empregador.
Recentemente, foi aprovado um projeto de lei que
estabelece seis meses de licença-maternidade para as
mães.


Educação além das creches

Há algumas décadas não havia opções de maternais para os
pequenos e as mães não podiam voltar a trabalhar
tão rapidamente (ou mais tranquilas) como fazem hoje.
De acordo com Jaqueline Delgado Paschoal, docente na
área de Educação da Universidade Estadual de
Londrina há mais de um século, surgiram
instituições voltadas para a educação das crianças
pequenas. Inicialmente tinham uma função
assistencialista de atender a crianças pobres, filhos de
uniões ilegítimas, de mães solteiras, desamparadas e
órfãs. "Mais recentemente, essas instituições passaram
a ser frequêntadas por uma grande quantidade de
crianças, cujas mães trabalham fora", diz ela.

Apesar da praticidade, existe um dilema em grande
parte das mães que deixam seus filhos (às vezes, ainda
bebês, com menos de seis meses de idade) em uma
creche ou escolinha. Quando observam e analisam com
muita atenção se o local é seguro e confiável, as mães
podem ficar tranquilas, pois isso não prejudicará a
educação da criança se ela tiver uma base sólida em
casa. "Quando as crianças eram educadas em casa, havia
a desvantagem de que os pais não entendiam algumas
especificidades em relação à infância que os bons
profissionais da educação têm e acabavam não dando
tanta importância às diferenças desse período em
relação à vida adulta. Hoje, eles podem contar desde cedo
com a ajuda de profissionais, porém a educação dos filhos deve ser
também responsabilidade dos pais - que devem sempre
estar por dentro dos métodos e da rotina do filho na
escolinha", diz Jaqueline.


Fonte: Minha Vida

Creme dental infantil não é eficiente contra cáries

Quantidade de fluor presente nesse produto, não é suficiente para previnir o problema.

Um novo estudo realizado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) coloca em xeque a eficácia do creme dental específico para crianças.

Segundo pesquisadores, a baixa concentração de flúor não é tão eficiente contra as cáries e para prevenir manchas nos dentes, a chamada fluorose.

Até então, achava-se que a grande vantagem destes cremes dentais era a baixa taxa de flúor, que supostamente ajudaria a prevenir doenças dentárias e cáries, já que até os 3 anos, a criança não sabe cuspir ou bochechar, e por isso acabaria engolindo mais flúor do que o recomendado.

Em excesso, essa substância causa fluorose, problema que afeta o esmalte e produz manchas nos dentes. Em casos mais graves, os dentes ficam porosos e amarronzados.


O problema é que, segundo a pesquisa, a fluorose não é causada pela concentração do flúor no reme dental, mas pela ingestão de uma grande quantidade do produto.

Para diminuir o risco de fluorose e evitar cáries, as crianças deveriam usar o creme dental convencional em pouca quantidade - semelhante a um grão de arroz, e não o próprio para crianças que tem menor concentração de flúor deixando de ser eficaz na prevenção das cáries.

Prevenção de cáries


Os pesquisadores explicam que a melhor maneira de prevenir o aparecimento de cáries nos dentes das crianças é começar os cuidados logo após o nascimento.

Nos recém-nascidos, o ideal é passar uma gaze ou fralda umedecida com água filtrada por toda a boca, limpando a gengiva, bochechas e língua para remover os resíduos do leite.

A partir do 6º mês, quando costumam aparecer os primeiros dentes, pode-se usar uma dedeira. A escovação começa a partir do primeiro ano com uma escova macia.

Evitar a mamadeira noturna e controlar a alimentação do seu filho em relação a ingestão de balas, doces, iogurtes e refrigerantes, que são inimigos da boa higiene bucal. A escovação, com creme dental comum, deve ser feita ao acordar, depois das refeições e antes de dormir.

Fonte:

Chupar o dedo - como lidar com esse habito dos filhos

O
dedo é ainda pior que a chupeta e um estudo

revela que ambos podem afetar o

desenvolvimento da fala da crianças


dedo ou chupeta


Ana Paula Pontes e Patrícia Cerqueira

Você está com dificuldade

de tirar a chupeta do seu filho? Saiba que

não está sozinha. Muitos pais ficam

apreensivos na hora de eliminar esse

acessório da vida das crianças. Assim como

chupar o dedo, esse hábito é aceitável até

os 2 ou 3 anos. Crianças de 4 ou 5 anos já

devem estar longe do dedo, da chupeta e

também da mamadeira.

Cientistas da Universidade de Washington

analisaram 128 crianças entre 3 e 5 anos e

revelaram que aquelas que usaram chupeta por

pelo menos três anos apresentaram mais

chance de ter dificuldades para falar se

comparadas àquelas que não tinham o hábito.

O mesmo risco apareceu para quem chupava o

dedo.

O estudo ainda mostrou

que crianças que eram amamentadas por mais

tempo (em torno de 9 meses) tinham menos

chance de ter problema. De acordo com os

pesquisadores, sucções fora do aleitamento

materno, como chupeta, dedo e até mamadeira,

podem ser prejudiciais para a criança, porém

outras pesquisas são necessárias para

comprovar esses resultados.

Para ajudar você a tirar

as dúvidas mais comuns de quem está passando

por essa fase de eliminar a chupeta e o dedo

do dia a dia do filho, selecionamos algumas

dicas sobre o assunto:

Toda criança adquire o hábito?
Alguns bebês sugam o polegar desde a fase

intra-uterina. É um reflexo de sucção. A

chupeta, oferecida pelos pais, pode ou não

ser aceita pela criança, dependendo de sua

necessidade de sucção. Para algumas, sugar o

peito da mãe basta. Outras precisam mais,

relaxam, acalmam-se com a chupeta. Mas não

há aí relação com a personalidade futura do

filho. Sugar é a forma que os bebês têm de

se acalmar.

É pior chupar dedo? Por quê?
É pior, pois será mais difícil a criança

abandonar o hábito. O bebê não pega a

chupeta sozinho, mas pode colocar o dedo na

boca mesmo dormindo.

Dedo ou chupeta fazem mal para os dentes e

para a fala?

Sim. A posição da língua na boca fechada é

atrás dos incisivos centrais superiores (os

dois dentes da frente). Na sucção, ela fica

abaixo da chupeta em movimento de vai-e-vem.

Isso muda as relações entre os músculos da

face, deixando o palato mais alto, os dentes

mais protrusos e a musculatura não

adequadamente desenvolvida. Mas leva tempo

para acontecer. Uma criança de 5 anos que

chupa dedo ou chupeta corre mais risco de

ter todos esses problemas.


Quando o hábito deve ser interrompido?


Por causa dos problemas citados, é aceitável

manter esses hábitos até no máximo os 3

anos, quando ainda é fácil corrigi-los. A

maioria das crianças abandona o uso da

chupeta nessa época. A sucção do dedo pode

demorar mais, por estar muito acessível.

Porém, o melhor é interromper esses vícios o

mais cedo possível. Quando prolongados

demais, o risco de problemas bucais aumenta.

Há casos em que apenas a colocação de

aparelhos nos dentes permanentes poderá

corrigi-los.

Qual é a melhor maneira de fazer a criança

largar?


Não tem
um jeito fácil de deixar

hábitos. Mas colocar substâncias ruins no

dedo ou na chupeta está fora de questão. O

melhor é proporcionar à criança um ambiente

tranqüilo, seguro e elogiá-la, sem exageros,

sempre que não estiver sugando. Não convém

também fazer chantagens (oferecendo prêmios

para que a criança pare com a mania),

ameaças ou comparações do tipo "você fica

feia quando chupa o dedo". O ideal é nem

mencionar muito o hábito, para que não ganhe

proporção além da conta. O recomendável é

levar a criança a abandonar o dedo ou a

chupeta aos poucos, apresentando-lhe outras

opções de distração que usem as mãos. No

caso da chupeta, é possível tomar algumas

medidas. Não deixe mais de uma chupeta

acessível à criança e evite mantê-la presa à

sua roupinha para que não seja usada com

freqüência. Restrinja o uso apenas para a

hora de dormir e retire a chupeta logo que a

criança adormecer. Não mergulhe a chupeta em

substâncias doces nem a ofereça toda vez que

a criança manifestar insatisfação e desejo.

Há circunstâncias mais favoráveis à

retirada?



Não é boa hora retirar a chupeta se a

criança estiver passando por alguma situação

nova, de mudança, em casa ou na escola. Uma

coisa de cada vez. Mas o nascimento de um

irmão, por exemplo, não é justificativa para

que o mais velho fique com chupeta (ou

mamadeira) pelo período que o outro estiver

usando. Dessa forma não se está protegendo,

mas prejudicando o mais velho em seu

desenvolvimento.

Quando a criança reage muito mal à retirada

da chupeta, é aconselhável devolvê-la?


Deve-se
limitar o uso da chupeta

gradualmente, desviando a atenção para

outros objetos, dando mais apoio e segurança

ao filho. Mas chorar é a reação normal e

esperada de qualquer criança. Nada

agradável, mas esperada. Os pais precisam

estar de acordo com o momento da retirada.

Porque, se um dos dois não está convencido,

provavelmente o hábito vai permanecer. É

comum ter pena da criança como se ela

estivesse perdendo algo bom, importante.

Mas, se ela não pode nunca chorar sem causar

extrema ansiedade na família, provavelmente

a chupeta se tornou importante para os pais.

E um filho considera importante,

estressante, perigoso, amedrontador o que os

pais acham.

Que reações a criança costuma ter na hora de

abandonar o dedo ou a chupeta?


Um pouco
de ansiedade, insegurança,

birra e possivelmente acordará um pouco mais

à noite. É comum. Mas, em geral, dura pouco.


É recomendável oferecer a chupeta para a

criança deixar de chupar o dedo ou permitir

que pegue o dedo ao abandonar a chupeta?



Pegar o dedo após a chupeta não é comum,

mas, tanto em uma situação quanto na outra,

não há vantagem em trocar de hábito. Melhor

seguir firme nas tentativas, nunca castigar,

dar proteção e muito reforço positivo, além

de distrair a criança com outras opções. Ela

mesma vai se encantar ao descobrir que há

coisas mais interessantes no mundo do que

chupar o dedo ou a chupeta.



Fonte: Filhos Adotivos