domingo, 25 de outubro de 2009

Enurese e Encoprese

A eliminação involuntária da urina em crianças de mais de três anos denomina-se enurese e pode ocorrer durante o dia ou, com maior freqüência, à noite. A falta de controle pode estar associada a causas patológicas ou a problemas emocionais. Segundo informações do site Psiqweb, o hábito de fazer xixi na cama é um dos sintomas mais comuns de problemas emocionais na infância, porém ocorre em crianças com pouca ou nenhuma dificuldade emocional, podendo desempenhar papel importante devido a ambientes desfavoráveis à criança, estados irritativos, malformações do aparelho genital e fatores constitucionais.

Ao contrário da imaginação dos pais (prazer erótico e sexual), fazer xixi na cama dá à criança uma gratificação primitiva do corpo, uma sensação de calor e umidade, que lembra a imersão na placenta. Cerca de 10it dos casos são devidos a causas físicas e 90% a causas emocionais. As crianças, em sua maioria, molham-se na cama à noite, durante o sono, ou algumas se molham apenas durante o dia. Não podemos considerar crianças como enuréticas antes dos quatro ou cinco anos, pois ainda estão controlando sua micção.

As causas físicas mais comuns são infecções da bexiga ou dos rins, ou então um defeito no desenvolvimento anatômico do aparelho urinário. Se a causa não for detectada e tratada adequadamente, o problema tende a se agravar. Obrigações, castigos e repreensões só despertam na criança sentimento de vergonha, sensações de inferioridade e insegurança.

A mãe que trata a criança de três anos ou mais como se fosse um bebê de oito meses reforça um comportamento de dependência afetiva e de insegurança. Assim, a criança obriga os pais a lidar com ela como se fosse um bebê. Outras vezes, algumas situações geram carência afetiva e fazem com que a criança regrida emocionalmente, voltando a agir como um bebê só para chamar a atenção dos pais e obter mais carinho. Exemplos: separação dos pais, chegada de um irmãozinho, ingresso escolar e situações de insegurança.

A ansiedade dos pais e o excesso de preocupação com o desempenho das crianças podem torná-las inseguras, pois não se sentem preparadas para atender às expectativas dos pais. Há casos em que os pais é que precisam de terapia para saber lidar com a criança.

O tratamento da enurese é estabelecido de acordo com o aspecto psicológico. O pediatra tem condições de oferecer orientações, esclarecendo paciente e familiares sobre a origem do sintoma, lembrando sobre as possibilidades de cura, sem necessidade de utilização de medicamentos. Quando o pediatra consegue transmitir tranqüilidade à família e à criança, a melhora é nítida e rápida, logo nos primeiros meses.

Fortalecer a personalidade da criança, respeitando suas opiniões, reconstruindo sua autoconfiança, além do apoio do médico, são passos decisivos para superar o "problema" e alcançar sucesso. Denominamos encoprese a fase em que, na maioria das vezes, a criança já havia alcançado o controle esfincteriano e que, por alguma causa, retorna à fase anterior, deixando escapar as fezes na roupa.

É evidente que essa situação exigirá por parte dos pais e /ou responsáveis muita paciência e carinho, até que a causa seja diagnosticada. A encoprese (nome científico do problema) pode ser considerada como uma procura de segurança e afeto, como também uma forma de agredir os pais e o mundo externo. Geralmente, são crianças dóceis e tímidas que têm "dificuldade" em se relacionar com companheiros da mesma idade.

As fezes são para a criança os únicos objetos sobre os quais ela tem poder, que ela pode manipular, além de torná-la superior. Infecções agudas, doenças na espinha e cérebro, anomalias do reto e ânus são distúrbios que podem causar a encoprese, mas quando se confirma que nenhum desses fatores existe e as fezes são normais, as causas serão psicológicas.

Pode acontecer também a encoprese parcial; a criança reprime a necessidade de evacuar, principalmente longe dos pais, sentindo vergonha de suas fezes ou está tão envolvida em determinada atividade que inibe o máximo a vontade, sujando apenas as calças. Nesses casos, atenção, carinho e muito diálogo dos pais, esclarecendo à criança que ela deve interromper a atividade ou que não precisa reprimir a vontade, são suficientes para sanar essa situação.

Fortalecer a personalidade da criança, respeitando sua opinião, reconstruindo sua auto-confiança, além do apoio do médico, são passos decisivos para superar o "problema" e alcançar sucesso.

. Tentativa muito precoce de treinamento de micção;
. Ênfase excessiva no treinamento e controle da micção;
. Timidez acentuada;
. Imaturidade emocional;
. Rivalidade entre irmãos e imãs;
. Conflito entre pais;
. Conflito entre pais e a criança;
. Atenção insuficiente por parte dos pais;
. Insegurança;
. Problemas de relacionamento escolar.

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