segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Explorações do Bebê

A expressão corporal não é uma função exclusiva do bebê, ela está presente no desenvolvimento de todas as possibilidades motoras. Quando um bebê nasce, já se comunica chorando. A finalidade desse choro é apenas respiratória, pois os pulmões se movimentam para receber oxigênio e o ar é expelido, provocando sons muito fortes ao passar pelas cordas vocais.

Esses ruídos, que geralmente interpretamos como choro, na verdade não têm nenhum significado emocional ou intelectual. A expressividade e a mobilidade são próprias das crianças: se um bebê se mexe desconsoladamente, demonstrando desconforto, expressando-se com caretas, os significados desses movimentos podem permitir à mãe identificar sua mensagem de dor, incômodo, cólicas etc.

Observando um bebê, constatamos o tempo que ele se dedica a exploração do seu próprio corpo. Olha para as mãos, segura os próprios dedos, tenta manter com as mãos o controle dos pés, puxa várias vezes a corda dos objetos que emitem sons, tentando alcançar tudo que desperta seu interesse: móbiles, objetos coloridos, ursinhos, a mão do adulto que esúver por perto etc.

Pesquisas já comprovaram que bebês que passaram a maior parte de seu primeiro ano de vida dentro de um berço, sem maiores contatos físicos, apresentam desenvolvimento anormal.
Pesquisas já comprovaram que bebês que passaram a maior parte do seu primeiro ano de vida dentro de um berço, sem maiores contatos físicos, apresentam desenvolvimento anormal. "Alguns com um ano e nove meses ainda não conseguem se sentar", afirmou a neurobiologista Carla Shatz, professora da Universidade da Califórnia, na revista Scientific Ameñcan, comparando essas crianças com outras criadas no colo das mães e avós: "Elas costumam andar já aos onze meses". (...) Essas ações exploratórias, que buscam descobrir o efeito dos gestos sobre os objetos, vão possibilitar, além da definição dos limites do seu próprio corpo, uma coordenação sensório-motora muito importante: o movimento de preensão - ato de segurar ou agarrar.

Assim a criança segura os brinquedos firmemente, pois seus movimentos já são mais firmes, ela sabe também escolher o que mais lhe agrada. A criança nesse estágio quer chamar a atenção sobre si, puxando a roupa de alguém que está próximo ou tentando mostrar um objeto que considere bonito. Esses gestos, cada vez mais aperfeiçoados, constituem a primeira grande etapa que antecede a locomoção. Preensão e locomoção, aprimoradas no dia-a-dia, oferecem à criança a oportunidade de explorar espaços, manipular objetos, realizar atividades cada vez mais desafiadoras e diversificadas.

A próxima etapa do desenvolvimento da criança que começa a se locomover, exercitando cada vez mais essa capacidade de agir sobre o espaço que ocupa, é o amadurecimento do sistema nervoso, que possibilita um andar seguro, estável, cada vez mais aperfeiçoado.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O futuro dos brinquedos

Por Rodrigo Martin de Macedo

As opções para presentes tecnológicos costumam ser bastante limitadas. Dar um presente que realmente surpreenda é tarefa difícil. Mas graças a tecnologias de ponta, como a leitura de ondas cerebrais, uma nova linha de brinquedos já começa a ganhar terreno no exterior.



Este ano, nos Estados Unidos, foram apresentados dois brinquedos que podem ser controlados com a força do pensamento. Um deles, batizado de Force Trainer, utiliza a marca da série cinematográfica de ficção científica Guerra nas Estrelas. Fabricado pela americana Uncle Milton, em Force Trainer (US$ 120), a criança deve utilizar a Força (no filme, a Força é usada para mover objetos com o pensamento) para movimentar uma bolinha dentro de um cilindro.

Enquanto o treinamento Jedi não chega de verdade, é necessário o uso de uma espécie de capacete. Outra fabricante a apostar no segmento é a tradicional Mattel. O brinquedo Mindflex (US$ 80), por exemplo, usa controles tradicionais aliados a outro capacete. Com o pensamento, o jogador precisa fazer uma bolinha levitar, e com as mãos, é necessário fazer com que a bolinha desvie-se de obstáculos. Ambos os brinquedos utilizam recursos de EEG, ou eletroencefalografia, um estudo do registro de correntes elétricas emitidas pelo cérebro, usado amplamente pela medicina e que agora começa a ser aplicado no entretenimento.
O emprego de tecnologia RFID (Identificação por Radiofrequência) nos brinquedos é outra tendência que deve despontar nos próximos anos. Com essa tecnologia, o cachorrinho de brinquedo Sniff, da Touch, por exemplo, é capaz de farejar e identificar objetos dos quais se aproxima, e reagir a eles emitindo sons e vibrando. Ainda como projeto, o brinquedo não tem data para chegada ao mercado, mas é uma boa amostra do que vem aí nos próximos anos.


Algumas outras opções já estão disponíveis no mercado internacional há alguns anos, no entanto, possuem tecnologias tão avançadas e inusitadas que continuam como topo de linha no segmento.É o caso do Pleo (US$ 350), um dinossauro robótico. Diferentemente de outros brinquedos, o Pleo não é controlado por seu proprietário. Ele reage de forma autônoma e pré-programada ao ambiente em que está. O mais divertido de tudo é que o robô passa por diferentes estágios de vida, como qualquer ser vivo.





Você pode ver um vídeo do cãozinho em funcionamento em www.nearfield.org/2009/09/sniff.

O Rovio (US$ 230) é outro brinquedo robótico de estilo que já pode ser encontrado em lojas americanas. Quando disposto sob uma rede Wi-Fi,esse robô-câmera pode ser controlado remotamente a partir da web de qualquer lugar do mundo. Mais que um brinquedo, Rovio é uma poderosa ferramenta de segurança, capaz de explorar cômodos e patrulhar sua casa.

O EyeClops é mais um brinquedo com câmera embutida. Ele começou como um microscópio capaz de ampliar até 200 vezes e mostrar a imagem captada em um televisor, já ganhou versões variadas como visão noturna e, agora, é capaz de funcionar como um projetor de telas de até 60 polegadas. No Brasil, ganhou espaço em lojas virtuais. Hoje, é possível encontrar facilmente o EyeClops visão noturna, que chega ao preço aproximado de R$ 400.O Topobo (US$ 450) é um robô de montar que, mesmo em fase de protótipo, já está sendo vendido.

Basta juntar peças estáticas e peças motorizadas para que o robô se movimente. Com um botão, é possível ensinar movimentos ao robô, que tentará reproduzi-los de maneira autônoma. A integração entre equipamentos eletrônicos rende produtos interessantes. Existem centenas de acessórios disponíveis para portáteis como os tocadores iPod, mas nenhum é tão legal quanto a iCoaster (US$ 90), uma montanha-russa magnética de brinquedo que pode ser plugada ao tocador e usar as músicas do jogador como trilha sonora.
O controle do videogame Wii, da Nintendo, é peça fundamental de um brinquedo ainda em protótipo, criado pela sueca Zoink Games. WiiWaa (ainda sem preço definido) traz uma série de "capas" em forma de bichos que se aproveitam do reconhecimento de movimentos do console. Ao movimentar o boneco, um personagem se mexe na tela de um jogo.Mais simples, o Rubik's Revolution (US$ 15) é uma versão repaginada do clássico cubo mágico, com seis games que misturam agilidade e raciocínio.
Uma opção barata e divertida de presente para todas as idades. Com a evolução tecnológica, cada vez mais os brinquedos são capazes de educar e estimular o raciocínio lógico. Dentro de pouco tempo, será mais fácil encontrar, mesmo aqui no Brasil, soluções geniais como as citadas nesta matéria.
Esses não são os únicos brinquedos high-tech que já foram anunciados ou que estão sendo vendidos no exterior. Para encontrá-los, basta uma rápida pesquisa online, ou contar com blogs especializados em tecnologia. O Wishlist, por exemplo, criado e mantido por um grupo de brasileiros, entre eles Ricardo Cavalini, que acrescentou sugestões espetaculares a este artigo, é atualizado diariamente com inúmeras sugestões de "presentes tech", confira!

Geek.com.br

A Yoga ganha espaço entre bebês e crianças, abrindo portas para uma disciplina física e mental que pode durar toda a vida.



Por: Aline Khoury
Fonte: Revista Baby/ed.8
Foto: Leandro Lourenço


Se há alguns anos a yogapara gestantes causou frisson, hojea novidade é a yoga pós-gestacional – depois de acompanhar as acrobacias dentro da mãe, é hora do neném fazer ao lado dela! Mas como surgiu esta modalidade? Além de voltar à forma física, o pós-parto traz o desafio de retomar o equilíbrio emocional para se adaptarà nova fase.


Após darem à luz, muitas alunas da yoga gestacional se viam obrigadas a desistir das aulas por não poderem deixar os bebês por um minuto sequer. Conciliar o cuidado físico e psicológico com tantas obrigações maternas era um grande desafio para todas elas. Foi pensando nestas necessidades que algumas academias criaram a Yoga Baby, para não deixar os baixinhos de fora.


Embora ainda seja recente, o curso tem lentamente se ampliado – nas poucas escolas paulistanas em que é oferecido, a mensalidade médiaé de R$ 180 por aulas semanais. Para as mamães, a prática prometerecondicionar o corpo de maneira gradual e descontraída: “Além de um suave fortalecimento muscular e alívio de dores cervicais, proporciona melhora da postura e até do aleitamento”, afirma a fisioterapeuta Cristina Balzano, professora de yoga para gestantes há doze anos.


Saúde a doisNa Yoga Baby, mãe e filho desfrutam de um momento de relaxamentoe interação. As alunas carregam seus nenéns nas mais diversas posições – “Claro que não exigimos qualquer esforço da parte deles, pois tudodeve ser uma grande brincadeira”. Mesmo com as adultas, o tratamento nãoé rígido, já que devem ficar livres para atender aos bebês a qualquerminuto e não podem exagerar na cobrança de seus próprios corpos.

Alguns benefícios ultrapassam o aspecto físico: “Passei a me sentir bem mais relaxada e com maior paz de espírito, o que se reflete em todos os meus afazeres fora da sala”, conta Maria Eugenia Camargo, alunade Christina. Maior flexibilidade, força e resistência são os principais resultados para as mães, podendo incluir até mesmo a prevenção da depressão pós-parto.

Já para os recém-nascidos, a diminuição de cólicas e da ansiedade é um efeito frequente. Os papais, naturalmente, também são grandes candidatos para a prática. Na escola de Cristina, alguns maridos já acompanharamseus filhotes: “Mas, no geral, a frequência feminina é bem maior por conta da licença maternidade. Afinal, em quase todas as famílias, os pais têm de continuar trabalhando fora”.


Mesmo com maior disponibilidade que seus maridos, muitas mulheres têm dificuldade ao se programar para não faltar às aulas porque o neném ainda não tem rotina fixa: “O indicado é que esteja bem desperto, disposto e que já tenha mamado há pelo menos uma hora”, ressalta a professora. Coma dificuldade de regular ou prever tantos horários, muitos aluninhos não chegam acordados na sala.

A melhor época
Dentro da sala e sob o olhar dos professores, a Yoga Baby costuma ser liberada a partir de um mês de idade. Se for praticada em casa, recomenda-se esperar até o terceiro mês – “Só então ele estará mais durinho e com a cabeça mais firme para que a mãe consiga controlar sozinha”, indica Cristina.

Depois dos dez meses, os pequeninos começam a engatinhar e se aventurar pela sala, dificultando o controle do professor. Para praticar por conta própria, alguns instrutores liberam a partir dos dois anos de idade, sob monitoramento de algum adulto. Mas a idade ideal para a prática gera grandes controvérsias. Para muitos professores, esta fase é extremamenteprecoce. Como requer equilíbrio, coordenação motora e alguns esforços musculares que os bebês ainda não desenvolveram, a yoga apresenta resultados mais visíveis somente a partir dos seis anos. Até esta faixa etária, as aulas têm somente efeito lúdico.


Segundo a professora Cristiane Ceron, a estreia deve esperar: “Acredito quea criança deve praticar asanas só a partir dos sete anos, pois até entãoo organismo ainda está em formação. Mas a espiritualidade da yogaé para qualquer idade, por isso, antes desta fase, a criança pode ouvirhistórias e cantos de yoga ou assistir aos pais praticando”. O método Kundalini, por exemplo, costuma ser um dos mais indicados para opúblico infantil, pois reúne mais práticas de meditação, respiraçãoe relaxamento do que movimentos complexos ou intensos.

Reeducação física
Até mesmo escolas do Ensino Infantil e Fundamental já inseriram a yoga em sua grade curricular. Na instituição em que Christiane Ceron leciona, as classes do primeiro ao quarto ano são divididas em turmas de seis a dozealunos para garantir atendimento particularizado e melhor acompanhamento de sua evolução. “O autoconhecimento é um dos principais objetivos.As crianças que praticam percebem mais facilmente seu potenciale começam a se posicionar de forma mais equilibrada diante de desafios”, afirma Christiane.


Na sala de aula, alguns já apresentam bons resultados como melhora naconcentração, maior serenidade e estabilidade emocional. Os corpinhos também exibem efeitos positivos – aumento da flexibilidade, preparo do tônus muscular e expansão da respiração foram notados em poucos meses.A professora revela os desafios do aprendizado: “Agitação e falta deconcentração são as dificuldades mais comuns, pois são naturais damente infantil, em constante movimento. Mas já tivemos de lidar comcasos extremos como princípio de estresse e depressão”.

Além dos benefícios emocionais e físicos, a yoga tem se mostrado uma ferramenta muito eficaz na harmonização entre os colegas. Em meio a tanta euforia e dispersão, típicas da idade, os professores têm de se desdobrar para manter todos concentrados por vários minutos, trazendo aulas sempre novas e criativas que lhe despertem o máximo de interesse. Jogos e brincadeiras são boas táticas para incentivar sua participação constante.

Christiane, que começou a prática com apenas seis anos de idade,garante que alguns resultados perduram por muitos anos, pois são incorporados pela personalidade em formação – “A yoga deveria fazerparte da Educação Física de todas as escolas, pois não é uma religião,mas sim uma prática acessível a todas as culturas, credos e idades”.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Para todas as mamães e seu filhos lindos....

SCRAPS para Orkut

Perguntas e respostas comuns para as famílias

P: A amamentação no peito é melhor do que a mamadeira na prevenção de caries na infância?
R: Muitos especialistas recomendam amamentar no peito em vez de utilizar mamadeiras, para a saúde geral da sua criança. Porém, amamentar no peito pode levar a formação de cáries na infância da mesma forma que a amamentação por mamadeira.
Para prevenir as primeiras cáries:
Evite alimentação durante a noite, tal como trazer o bebê para a sua cama e permitir que ele ou ela se amamente à vontade. O leite pode "permanecer" na boca da criança e causar a formação continua de ácido ao longo da noite. Este ácido leva à formação de cárie.
Evite deixar o bebê passear com uma mamadeira.
É recomendado que você encoraje sua criança a beber de um copo já no seu primeiro aniversário.

P: Tudo bem se minha criança chupar o dedo polegar?
R: Chupar o polegar é normal em crianças; a maioria para por si próprias até os 2 anos de idade.
Se sua criança chupa o polegar e tem mais de 2 anos de idade, tente desencorajá-la até completar 4 anos.
Chupar o dedo além da idade de 4 anos pode levar ao problemas de dentes tortos, apinhamento e/ou de mordida.


P: Tudo bem se meu bebê usar a chupeta?
R: Sim, mas não a coloque em açúcar, mel, ou líquidos adoçados. Além disso:
Tente fazer com que sua criança abandone o hábito da chupeta até os idade de 2 anos de idade.
Lembre-se que enquanto a chupeta e chupar o polegar não fazem nenhuma diferença para a saúde da criança, uma chupeta pode ser uma escolha melhor, porque pode ser mais fácil parar com o hábito da chupeta da criança, do que de chupar o polegar.


P: Qual é o melhor método para escovar os dentes de uma criança pequena?
R: Use uma escova pequena e com cerdas macia. Faça movimentos circulares ou movimentos ondulados em todas as superfícies dos dentes, particularmente onde o dente encontra a gengiva. Quando sua criança aprender a cuspir, use uma pequena quantidade de creme dental com flúor do tamanho de uma ervilha na escova. As famílias devem pedir ao dentista que demonstre a escovação correta na visita da criança ao dentista.

P: Posso transmitir bactérias prejudiciais que possam afetar os dentes do meu bebê?
R: Sim. Germes causadores de cáries podem ser transmitidos via contato - tal como quando o bebê puser as mãos em sua boca, e daí na própria boca. É por isso que é tão importante você manter seus próprios dentes e gengivas saudáveis.
Além disso, pesquisas têm mostrado que já que uma mulher grávida compartilha seu sangue com seu bebê antes de nascer, qualquer infecção em sua boca - como uma cárie ou doença de gengiva (periodontal) - pode afetar o bebê. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Dentais e Crânio-facial do Instituto Nacional de Saúde, doenças / infecções orais também estão ligadas a problemas bebês prematuros, e com reduzido peso de nascimento.


P: Quando devo começar a usar creme dental com flúor na escovação da minha criança?
R: Quando sua criança souber cuspir. Flúor é seguro e necessário para manter os dentes fortes, mas somente em níveis apropriados. Crianças mais jovens tendem a engolir quantidades excessivas de creme dental , e isto pode levar a flúorese, que causa a descoloração dos dentes. E lembre-se, mesmo que a sua água for fluoretada, é necessário utilizar creme dental com flúor. Flúor é necessário ambos em forma "sistêmica" - como creme dental, e em forma "ingerida" - como água ou suplementos de flúor.

P: Eu uso água engarrafada em casa, e não contém flúor. Tudo bem?
R: Se você usa água engarrafada para beber e cozinhar - ou se sua água do sistema público (comunitário) não contém flúor - não esqueça de avisar a seu dentista ou médico. Eles possivelmente prescreverão suplementos de flúor para o bebê.

Dicas Colgate

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Gestações Gemelares

Ter filhos é uma realização extremamente prazerosa. Quando a gravidez se confirma, imediatamente os planos para o filho começam a se organizar na mente. Mas raramente você realiza um planejamento para a chegada de gêmeos.

Quando o exame de ultra-som se confirma que vem por ai não um, mais dois de uma só vez, a preocupação toma conta de todos. A mãe particularmente fica receosa com relação à capacidade de suprir todas as necessidades intra-uterinas, pois a gestação múltipla requer muitos cuidados, com um acompanhamento rigoroso para a gestante e para os bebês.

As preocupações são naturais, pois você fica confusa sobre o desenvolvimento da gestação. Afinal, os bebês são univitelinos ou bi vitelinos? Outras preocupações são o peso dos bebês, o excesso de peso da gestante, batimentos cardíacos, alimentação etc. As gestações múltiplas, segundo especialistas, aumentam em sete vezes a chance de nascimento prematuro. Em situações como essa, os bebês não possuem todas as funções do organismo desenvolvidas, há maiores possibilidades de alterações congênitas e de retardo de crescimento.

Se no momento da concepção são fecundados dois óvulos diferentes, ambos os zigotos desenvolvem-se no útero de maneira independente, tendo em suas células a metade da informação hereditária da mãe e outra metade do pai. Possuem ainda placentas distintas, podendo nascer uma criança loura e outra morena, com sexos diferentes.

Quando um único zigoto divide-se em dois nos primeiros dias de desenvolvimento, dando origem a dois zigotos com a mesma informação genética em suas células, temos os gêmeos idênticos, do mesmo sexo. Dentre os partos múltiplos, os de trigêmeos são menos freqüentes que os de gêmeos, sendo mais raros ainda os de quadrigêmeos e de quíntuplos.

Um estudo mais complexo de gêmeos foi realizado pelo professor Bernardo Beiguelman, titular da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp (aposentado), professor visitante do Instituto de Ciências Biomédicas da USP e pesquisador 1-A do CNPq. Em seu livro é possível verificar algumas características importantes, válidas para complementar as informações acima registradas.

Com base nos estudos realizados pelo professor Bernardo, o emprego de técnicas de fertilização assistida para ajudar casais com problemas de esterilidade tem aumentado a freqüência de nascimento de gêmeos não idênticos, pois essas técnicas incluem tratamento que estimula a super-ovulação. No Brasil, somente camadas economicamente mais favorecidas da população têm acesso à fertilização assistida, em razão de seu custo elevado. Assim, é evidente que a freqüência de partos geme lares na população em geral não sofre influência dessa prática.

Nas maternidades que atendem mulheres de camadas sociais mais favorecidas, a freqüência de nascimento de pares não idênticos é altíssima, chegando nos últimos anos à notável incidência de 19,5 por mil partos, quando na maior parte da população esse índice não ultrapassa 5,5 por mil.
Bem mais difícil é o reconhecimento dos fatores que influenciam a gestação de gêmeos idênticos.

A hipótese mais plausível são as alterações da mucosa do endométrio e/ou do epitélio tubário. O uso de anticoncepcionais também é apontado como responsável pelo aumento da incidência de gêmeos idênticos. A predominância de gêmeos idênticos entre mães muito jovens que dão a luz a gêmeos encontraria uma explicação na irregularidade do ciclo menstrual entre elas.

As influências genéticas na indução de predisposição ao nascimento de gêmeos idênticos mostram que mulheres gêmeas têm maior probabilidade de gerar esse tipo de gêmeos, mas a investigação com relação a um efeito paterno semelhante foi negativa. Se existir um componente genético que favorece a divisão do embrião para a produção de gêmeos idênticos, esse componente se expressa nas mães e não nos pais. A fertilização assistida também em fim favorecido o aumento da incidência de gêmeos idênticos, por razões que ainda não estão esclarecidas.

A duração da gestação de gêmeos é menor que a gestação de parto único. Constatou-se que, em média, os gêmeos tiveram idade gestacional de 36.6 semanas, e a idade gestacional dos nascidos de parto único foi de 39,5 semanas, o que dá uma diferença média de três semanas a menos para os partos geme lares (valores semelhantes às estimativas obtidas na Europa).

A duração das gestações únicas é considerada normal quando o nascimento se dá no período entre 37 e 42 semanas completas de amenorréia (ausência de menstruação). São os conhecidos recém-nascidos a termo. Quando esse tempo de gestação é inferior a 37 semanas completas de amenorréia, os recém-nascidos são considerados prematuros ou recém nascidos. Se a gestação for igual ou superior a 42 semanas completas de amenorréia. o recém-nascido será definido como pós –termo.

No Brasil, a proporção de partos geme lares com menos de 37 semanas completas de amenorréia foi de 45%, enquanto nos partos únicos a proporção de prematuros não atingiu 10§io. A proporção de partos a termo entre os gêmeos (37 a 42 semanas) foi de 53%, enquanto entre os partos únicos atingiu 81%. A proporção de pós-maturidade (42 semanas ou mais) entre gêmeos foi de apenas 2%, enquanto nos partos únicos foi de 9,5% (semelhantes às proporções observadas nos Estados Unidos).

Em decorrência do menor tempo médio de gestação, os gêmeos apresentam menor peso e menor estatura ao nascer que os recém-nascidos de parto único. Em estudo recente, pôde-se observar que a estatura média entre os recém-nascidos, distribuídos em duas classes de estatura (menos de 44 cm e com 44 cm ou mais), a proporção de crianças com menos de 44 cm também foi significativamente mais alta nos gêmeos (28%) dos que nos recém-nascidos de parto único (3% ).

A duração da gestação de gêmeos é menor que a gestação de parto único.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Espetáculo "O Quebra-Nozes"



















conta história de magia e fantasia

Você sabe o que acontece quando uma menina se encanta por um boneco quebra-nozes no formato de um soldadinho? Se você não sabe, precisa assistir ao espetáculo de balé "O Quebra Nozes", que conta de forma lúdica e poética uma história de magia e fantasia.

A tradicional temporada de apresentações do espetáculo começa nesta quinta (10) e segue até o dia 20 de dezembro, em 15 apresentações, no palco do Teatro Alfa, em São Paulo.


A história

Na noite de Natal, a menina Clara ganha muitos presentes, mas se encanta especialmente por um deles: um boneco quebra-nozes. Quando todos vão dormir, Clara vai à sala para brincar com seu novo boneco e entra no mundo da fantasia ao adormecer.

Os brinquedos ganham vida, dançam, lutam, viajam para o Reino das Neves e Reino dos Doces, onde Clara e seu príncipe são homenageados com danças típicas de vários países.


"O Quebra-Nozes"

Quando: De 10 a 20 de dezembro; segunda a quinta, às 21h; sextas, às 21h30, sábados, às 17h e 21h e domingos, às 16h e 19h

Quanto: De R$ 50 a R$ 90

Onde: Teatro Alfa (R. Bento Branco de Andrade Filho, 722; tel. 11 5693-4000)

Conhecendo o bebê

A inteligência e a sensibilidade nascem no útero materno e a cada novo dia, a ciência nos revela a presença de sinais de comportamento inteligente.

Movimentando-se o tempo todo, buscando a melhor posição, o bebê busca interagir com a mãe da melhor maneira possível, pois nem sempre a posição que ela escolheu é a ideal para o ser que habita o útero materno. Dessa forma, movimentando-se, é que o bebê chega ao nosso mundo.
Esses movimentos foram adquiridos em função de suas necessidades, que logicamente vão incorporar-se à sua linguagem como forma de comunicar-se com esse novo espaço externo.

"A inteligência e a sensibilidade nascem no útero materno e a cada novo dia, a ciência nos revela a presença de sinais de comportamento inteligente" - essas são palavras da psicanalista Joana Wilheim, que aprofundou seus estudos em psiquismo pré e pré-natal. Esses estudos permitem elucidar a função de órgãos importantes da percepção, responsáveis pelo equilíbrio afetivo e psicológico do ser humano, que se desenvolvem e iniciam o treinamento desde as primeiras semanas de vida. Após o décimo oitavo dia da concepção, o sistema nervoso começa a se constituir e ocorre a formação dos rudimentos dos olhos.

A boca abre-se pela primeira vez em torno do vigésimo oitavo dia, quando o coração começa a bater, bombeando sangue para o fígado e a aorta. Com cinco semanas surgem os movimentos bruscos e espontâneos, despontando pernas e braços. Na sexta semana, acreditem, surgem os primeiros reflexos! Com apenas dois meses de gestação, protegido pelo líquido amniótico, o feto possui todos os órgãos que um bebê irá ter. Com quatorze semanas, apresenta expressões faciais de agrado ou desagrado, fazendo caretas e parando de engolir quando uma gota de substância amarga é colocada no líquido amniótico, reagindo da mesma maneira à nicotina e ao álcool consumidos pela mãe.

Os sentidos

Olfato - Ao nascer, o bebê revela uma capacidade olfativa inata. Reconhece o odor do seio, voltando sua cabecinha para encontrar o leite materno.

Audição - Segundo estudiosos, o feto ouve a voz da mãe no quarto mês de gestação, reagindo com sobressaltos a toques de buzina, fogos de artifício, aplausos, toque de tambor e outros ruídos, apresentando hiperatividade com filmes violentos.

Visão - Prematuros de 3,5 semanas são capazes de discriminar e imitar expressões faciais do adulto, expressando alegria, felicidade, tristeza ou surpresa.

Paladar - A capacidade de engolir, adquirida na décima segunda semana de gestação,reage constantemente, manifestando desgosto ou prazer pelas substâncias presentes no líquido amniótico. Estudos comprovam ainda que os primeiros sorrisos ocorrem durante o sono, durante os sonhos que o feto começa a ter por volta da vigésima terceira semana. Os sorrisos, assim como as risadas, são pensamentos acompanhados de uma emoção de alegria, que é um dos sinais de inteligência. O homem é o £mico ser vivo que sabe sorrir.

Por esta e outras razões é que devemos conversar constantemente com o bebê, estimulando-o a movimentar-se buscando a fonte de som. Cante, bata palmas, balance a cabeça em frente ao bebê. Você está situando-o sobre o movimento. Não se preocupe se alguém ao seu lado lhe diz que ele é apenas um bebê e não vai entender nada.

O bebê é sensível ao ambiente externo desde de quando habita o útero. Daí a importância dos pais conversarem com o bebê dentro da barriga da mãe. Experiências comprovam que, ao chegar ao nosso mundo, o bebê identifica a voz da mãe e do pai conversavam com ele no útero, o que transmite calma, segurança, tranqüilidade e muito amor ao novo ser.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Grávida que come muita carne pode ter filho subfértil





















Um alto consumo de carne durante a gravidez pode afetar o bebê caso seja do sexo masculino, e diminuir a qualidade do esperma produzido por ele no futuro. A descoberta faz parte de um estudo que será publicado na revista Human Reproduction.

Shanna Swan, da Escola de Medicina da Universidade de Rochester, liderou um grupo de pesquisadores que comparou a quantidade de espermatozóides existentes no sêmen de 387 homens cujas mulheres estávam grávidas e analisou a dieta das mães desses homens.



Os pesquisadores recolheram dados em cinco cidades dos Estados Unidos entre 2000 e 2005. Dos 51 homens cujas mães recordavam que haviam consumido mais carne de gado durante a gravidez, 18 apresentavam uma contagem de esperma que, segundo a Organização Mundial de Saúde, os coloca na categoria de subfértil.



Swan e sua equipe alertaram para o suposto risco para a virilidade dos filhos no caso de suas mães consumirem muita carne de gado durante a gestação. O problema, de acordo com os cientistas, está na quantidade de pesticidas, hormônios e outras substâncias usadas na ração utilizada para engordar o gado.



"Nos filhos de \'grandes consumidoras de carne de gado\' (mais de sete pratos com carne por semana), a concentração de esperma foi uns 24,3% mais baixa" do que nos homens cujas mães tiveram uma dieta menos carnívora, segundo o artigo.
Fonte: EFE

Os pais e a novidade: Bebê a caminho....


Quando se planeja uma gravidez ou quando somos surpreendidos com a notícia de que o bebê já está a caminho, devemos nos preparar para ouvir duas palavrinhas de extrema importância na nossa vida e na do novo ser que está para chegar: pai e mãe.

Somos invadidos por sonhos, expectativas, inseguranças, felicidade e muita responsabilidade para com o novo ser que invadirá nosso lar. Tudo irá depender dos pais, pois o bebê chega confiando plenamente no papai e na mamãe, amando-os sem perguntar, acreditando e tranqüilizando-se na nossa presença.

A intensidade com que a mãe vive a primeira gravidez é única em sua vida. E muito importante estar atenta: o bebê foi planejado e está nos planos do casal? Se os pais estão preparados emocionalmente para receber o bebê, a gravidez é mais tranqüila. Caso contrário, uma recusa pode interferir nesse processo. Existem pais que só aceitam os filhos após o nascimento.

A criança, sensível como é, percebe tudo que está ocorrendo do lado de fora e sabe se é aceita ou não. O jeito de conversar com o bebê, o tom de voz e a postura emocional são muito importantes.

Expectativas positivas naturalmente irão gerar ações e comportamentos positivos, pois a criança sentirá que o ambiente no qual viverá é desprovido de tensões e ansiedades.

Músicas relaxantes, suaves, sons tranqüilos da natureza, massagens delicadas com óleos suaves de amêndoas, lavanda ou camomila, realizadas pelo pai, demonstram afeto para a mãe e para o bebê.

É recomendável diminuir o tempo em frente à TV, ler, ouvir música, pintar, escrever, passear, praticar alguma atividade física, pois corpos preparados conseguem suportar melhor as mudanças físicas provocadas pela gravidez. Um corpo saudável receberá com tranqüilidade o bebê, sem medos e aflições.

Sempre que possível, o pai deve participar das consultas ao obstetra. Além de acompanhar o desenvolvimento do bebê, o companheiro estará transmitindo a confiança e cumplicidade necessária nessa fase tão especial do casal. Assim como as mâes, os pais também têm muitas dúvidas, que podem ser esclarecidas diretamente com o médico. Presente nas consultas, o pai pode auxiliar corretamente a mãe com todos os cuidados necessários na gestação, controle de dietas, vacinas etc.

A escolha do enxoval deve ter a participação do pai. Esses momentos de prazer e muita alegria serão sentidos pelo bebê.

Sempre que possível, o pai deve participar das consultas ao obstetra.

sábado, 28 de novembro de 2009

Início precoce não garante vida escolar exitosa

Muitos pais de crianças que estão com cinco anos agora, principalmente se completados no segundo semestre, estão mergulhados em uma missão: convencer a escola de que o filho está apto a iniciar o Ensino Fundamental em 2010.

O maior problema é que o ano tem 12 meses e as crianças nascem em todos eles. Para resolver tal questão, talvez pudéssemos decretar o nascimento de crianças até 30 de junho, apenas. Pelo menos no Estado de São Paulo.

É essa a data de corte para a matrícula no primeiro ano do Ensino Fundamental por aqui. Isso faz com que pais de crianças que nasceram em meados de julho ou nos meses subsequentes contestem a medida.

Pais advogados ou de outras profissões têm mil argumentos dos mais lógicos e legais aos mais apaixonados e grosseiros na busca de tentar garantir ao filho o domínio da leitura, da escrita e da aritmética o mais cedo possível.

Quais as razões que os pais têm para essa atitude? Sem dúvida, o clima altamente competitivo em que vivemos. O raciocínio é o de que quanto mais cedo a criança começar o aprendizado formal, maiores seriam suas chances de se dar bem na vida futuramente.

Pesa também a quase certeza da precocidade das crianças: elas se viram muito bem com as mais variadas facetas do mundo adulto e muitas demonstram gosto pelas letras, números e tarefas escolares. Entretanto, estudos e pesquisas têm apontado que não há relação entre uma vida escolar exitosa com início precoce dela.

Talvez fosse mais interessante pensar no presente das crianças e não em seu futuro. Na Educação Infantil, a criança goza ou deveria gozar de liberdade para aprender. Explora o mundo à sua volta de preferência em um ambiente amigável, confiável e seguro -ao seu modo, em seu tempo e sempre por meio de brincadeiras, sem ser dirigida por adultos, apenas acompanhada por estes. O grande aprendizado nessa época da vida é o que chamamos de socialização: aprender a conviver consigo mesma, com o grupo de pares e com adultos por eles responsáveis.

Para bem começar o Ensino Fundamental e o primeiro ano dele ainda deve ser de mais tempo dedicado ao brincar do que ao ensino formal a criança deve estar preparada para estar com os outros em um espaço comum, saber compartilhar, seguir sem grandes dramas as instruções dadas, acatar as orientações dos adultos e estar pronta para crescer. Tudo isso é muito mais importante que suas habilidades com letras e números.

Colocar a criança antes dos seis anos nesse clima é queimar uma etapa em sua vida, é colocá-la sob pressão. Em nome dos anseios dos adultos? Não vale a pena já que sabemos que toda etapa queimada, um dia volta. Só não sabemos como.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Veja a primeira imagem do quarto Shrek O ogro vai entrar numa confusão gigantesca

Por Arianne Brogini - 25/11/2009 09:06



Shrek Forever After será o quarto e último filme com o ogro gente boa e esta é a primeira imagem divulgada. A projeção do longa será toda feita em 3D. O primeiro trailer virá junto com Avatar nos cinemas. Logo abaixo também há uma imagem do Burro.Segundo o que o diretor Mike Mitchell contou ao jornal USA Today, neste longa Shrek estará se sentindo muito domesticado. Antes ele assustava os aldeões, mas hoje ninguém mais o teme.
Então, o ogro faz um acordo com Rumpelstiltskin (dublado por Walt Dohrn, um dos roteiristas do terceiro Shrek). O pacto não sai lá muito bem, afinal o sujeito não é nada confiável e Shrek passa a ver a vida como se ele próprio jamais tivesse existido. Assim, o Burro é só um animal que fica carregando carga, o Gato de Botas perde sua espada e passa a usar um lacinho rosa e Rumpelstiltskin é agora o governante do reino.
Esse sujeitinho participou rapidamente do segundo e terceiro filmes do Verdão.Para enfrentar essa nova realidade, há um grupo de resistência liderado pelo ogro mais lindo jamais visto e que terá a voz do ator Jon Hamm, da série Mad Men.Shrek Forever After tem na dublagem novamente Cameron Diaz como Fiona, Mike Myers como Shrek e Eddie Murphy como o Burro.
A estreia no Brasil está prevista para 9 de julho de 2010.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Depois dos filhos

Preservar a intimidade do casal após a chegada do bebê? Sim, é viável!

Vocês sonharam juntos com um bebê, o fruto do amor consumado. Compraram enxoval, fizeram estoque de fraldas, decoraram o quartinho, até caderneta de poupança a criança já tem para pagar a faculdade. Mas e vocês, foram incluídos nos planos? A nova "eu-mãe" em que você vai se transformar e o novo "ele-pai" que irá nascer com o filhote, as faltas de tempo, de atenção mútuas, as novas tarefas e obrigações e rotinas e... Ufa! Vocês pensaram em como vão preservar o 'casal' após o nascimento do bebê?

Pronta pra ser mamãe? Faça o teste!

Quando não paramos para pensar, a chegada daquele serzinho minúsculo e fofo que amamos com todo coração pode ser devastadora para o também frágil casal de novos pais. Isso porque o par passa a canalizar toda energia e tempo ao filho, como se a família fossem um bloco fechado e único. E se esquece do seu micronúcleo e da busca da individualidade. Aí, estresse e pressão são inevitáveis. Binômio perfeito para gerar muita dor de cabeça.

Depois que os filhos nascem a vida pode ser como antes? A chegada do filho traz questionamentos e expectativas que não existiam, é preciso renegociar espaços - inclusive emocionais -, assimilar sentimentos e novas facetas da personalidade do outro que emergem para se adaptar ao pequeno integrante com desejos diferentes que entra na vida do casal. É muito provável que surjam confrontos. O que fazer?A palavra de ordem é 'preservar'. Os pais não morrem como indivíduos.

Os momentos de intimidade e a vida a dois devem ser mantidos até como exemplo para os filhos, que mais tarde precisarão de modelos seguros para acreditar no amor e na vida. O médico e psiquiatra francês doutor Jacques-Antoine Malarewicz, em entrevista para Elle francesa, comenta sobre a importância de viver plenamente e a vida de pais e de casal - e valorizar os dois papéis.

Cuidar do próprio casal tranqüiliza os filhos que ficam contentes em saber que os pais têm momentos apenas para si. E que estão felizes.Dicas de preservaçãoFelipe Freitas, psicólogo familiar, do Rio de Janeiro, dá dicas de como tornar viável a vida a dois nesse momento de mudanças e "cobranças". "O espaço do casal deve ser mantido.

Ao centrar apenas na criança, o casal perde seu sentido, como se nada existisse além dela. Ter o quarto dos pais preservado, atividades como cinema, teatro, restaurante, alimentam e energizam a relação. Para isso, é fundamental ter consciência que a rede de apoio da família é importante para seu bom funcionamento. Poder contar com avós, babás e pessoas de confiança é um recurso que deve ser utilizado quando necessário".

O estabelecimento do limite é fundamental para o desenvolvimento infantil
Foi o que fez Betina para viajar com o marido. "Fizemos uma única viagem, de uma semana, desde o nascimento do nosso filho, que tem 8 meses. Ele ficou com a babá e com minha mãe. Esse período só nosso foi bom para resgatar os velhos tempos. Além disso, costumamos também deixar nosso bebê com a babá por algumas horas e visitar os amigos, sair pra jantar e ir ao cinema, só nós dois.

Ter uma babá ou a família por perto é a maneira de conseguir este tempo para nós. Senão, como fazer ?", questiona Betina Moreno, casada, ortodentista.É possível, sim, equilibrar os papeis. Superar o cansaço e a inércia para não deixar a instituição 'casal' de lado, mesmo não sendo tarefa fácil, é preciso - basta querer. É também uma preparação para o futuro: "Sempre fui intransigente com o tempo consagrado ao meu marido e à nossa intimidade. Hoje nossos filhos são adolescentes e querem sair só com os amigos deles.

Agora me dou conta de como tive razão!", confessa Daisy Lopes, 49 anos, mãe de três filhos.Gasto ou investimento?Mas nem todo mundo pode arcar com babá e folguista ou contar com a boa vontade dos avós. "Nossos pais moram em outra cidade. Eu e meu marido, uma vez por semana, pagamos a babá para ficar até um pouco mais tarde para sairmos sozinhos ou com amigos. A vida social e de casal passa a ser um investimento, mas acho que vale a pena", comenta Maria Eduarda Felix, 32 anos, advogada, mãe de dois filhos pequenos.

Ninguém deve ser só mãe ou só pai. Temos várias faces e é importante preservá-las, e fazer a criança crescer se interessando pela vida em família, caso contrário, o modelo que ela terá será pouco atraente. "Certamente os papeis de pai e mãe serão exercidos ao longo da vida do filho, mas não são os únicos a serem assumidos depois do nascimento do bebê. Para a própria saúde da criança, ela deve compreender que seus pais também têm uma relação entre eles. Retira-se, assim, a idéia do filho como centro da relação, onde todos seus anseios devem ser sempre respondidos pelos pais", observa Felipe Freitas.

Você sabe dar limites a seu filhote? Faça o teste!

O estabelecimento do limite é fundamental para o desenvolvimento infantil. "Com a relação dos pais sendo mantida, a criança começa a entender que a atenção não é dirigida apenas para ela. Esta distinção facilitará suas outras relações, estabelecidas ao longo do seu crescimento no meio social e afetivo, seja com colegas ou futuros namorados", explica o psicólogo familiar.Ser o único centro de interesse da vida dos pais é muito pesado para uma criança, que precisa de espaço para se expandir como pessoa. Para o filho, amor demais sufoca, para o casal, falta de amor mata.

Encare a realidade antes que seja tarde para todos.
Serviço:- Felipe F. Freitas - (21) 2553-4040

Leia também:


- Mãe e suas múltiplas funções - O difícil exercício de ser esposa, profissional, dona de casa e mãe.

- Casal em gestação - Preservar a saúde da vida a dois durante a gravidez é um desafio.

- Brigas de casal - O casal deve manter respeito mútuo ao discutir na frente dos filhos.

OUTRAS MATÉRIAS DE RELACIONAMENTO VOCÊ LÊ AQUI

Claudia Levron Leia mais deste autor.

Imaginação ajuda crianças a lidarem melhor com medo de monstros

Até os quatro anos de idade, entrar na fantasia ajuda os pequenos a contornar situação

Ser acordado por seu filho no meio da noite com a reclamação de que há um monstro debaixo da cama é muito comum quando a criança é pequena. Mas, quando isso se torna uma rotina, perder o sono por conta de medos infantis pode gerar estresse e mau humor às crianças e aos pais. Segundo um estudo recente feito por pesquisadores da Universidade da Califórnia, dizer que "Monstros não são reais" e tentar fazer a criança dormir com essa justificativa não é a melhor opção para lidar com a imaginação infantil.

Segundo o estudo, publicado na revista Child Development, a melhor estratégia para lidar com o medo dos pequenos de até 4 anos de idade é entrar no mundo da fantasia deles como, por exemplo, sugerir que seu filho aponte um spray de água no monstro, dizendo que é um spray anti-monstro.

O estudo analisou 48 crianças com idades de 4, 5 e 7 anos. As crianças ouviram histórias que representavam uma criança sozinha ou acompanhada por outra pessoa. Nas histórias, a protagonista se deparava com uma criatura real ou imaginária. E, após cada situação, as crianças deveriam falar sobre a intensidade do medo de cada protagonista e sugerir maneiras para lidarem com o medo.

Saiba Mais
Seu filho tem medo de quê?
Histórias infantis
Estimule a imaginação da criança

De acordo com o estudo, quando as situações foram consideradas como sendo verdadeiras pelas crianças, frases como "Vamos fugir" foi a escolhida por elas. Os pesquisadores também afirmaram que quando os protagonistas estavam na companhia da mãe se viam mais ameaçadas que na companhia do pai. Já nas situações imaginárias, as respostas das crianças mais novas foram "Vamos fingir que o monstro é amigável" ou "Vamos pegar uma espada e atacar o monstro". Já as crianças com sete anos sugeriram frases como "Vamos lembrar que esses monstros não são reais" ou "Esse dragão não está aqui, não há dragões no mundo".

Os pesquisadores sugerem que deixar a criança no mundo da fantasia funciona pelo fato de que crianças menores tem certa dificuldade para lidar com a realidade e enfrentá-la ? o que ocorre quando se diz que os monstros não existem. Porém, a psicóloga Léa Michaan explica que os medos são importantes para o desenvolvimento infantil. "Não podemos esquecer que medos são ferramentas fundamentais para evitar o perigo", explica a psicóloga.

Gostou desta matéria?Aproveite e receba o nosso conteúdo em seu email. São dicas, matérias, testes, receitas, guias e muito mais!

Clique aqui para receber o nosso conteúdo.

Veja mais sobre o assunto///

> EMDR para controle emocional
> Escolha a chapinha que deixará seu cabelo mais bonito e protegido
> Assista ao seu seriado favorito em paz, ele tem muito a ensinar
> Jogo da Transformação, para você nunca mais repetir os mesmos erros
> Acupuntura com ou sem agulhas diminui o consumo de remédios

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Estudo indica terapia para síndrome de Down

Remédios já disponíveis no mercado para tratar depressão e déficit de atenção poderão servir para diminuir os problemas de memória e aprendizado que costumam acompanhar o desenvolvimento de pessoas com síndrome de Down. É o que mostra um estudo publicado hoje na revista "Science Translational Medicine". Pesquisadores nos Estados Unidos testaram os medicamentos em camundongos geneticamente modificados para desenvolver uma forma da síndrome própria de roedores.

A alteração genética dificulta a memorização de informações contextuais e espaciais. Para seres humanos, isso pode significar um problema quando a pessoa conhece ambientes complexos como uma nova vizinhança ou um shopping center. Para as cobaias com deficiência, operações como a construção de ninhos são prejudicadas: ao ser transferido para uma nova gaiola, o animal não consegue adaptar o novo espaço físico.

Tudo levava a crer que o problema estava restrito ao hipocampo, região do cérebro responsável pelas memórias espaciais. Em geral, pessoas com síndrome de Down possuem ótimo desempenho em testes relacionados à memorização de sensações visuais, auditivas ou olfativas, operação coordenada por outra região do cérebro: a amígdala.

Para formar memórias no hipocampo, tanto seres humanos como roedores necessitam de um neurotransmissor chamado noradrenalina, produzido nos neurônios do locus coeruleus, outra região do sistema nervoso central. Os cientistas descobriram que, como nos humanos, as cobaias com síndrome de Down também apresentam um processo de degeneração no locus coeruleus, que prejudica a produção de noradrenalina.

Para corrigir o problema, utilizaram remédios que promovem a produção de noradrenalina no cérebro. Poucas horas depois de receber os medicamentos, os camundongos já apresentavam um comportamento semelhante ao de outras cobaias. Ao serem transferidos para novos hábitats, realizavam um rápido reconhecimento e começavam a construir um novo ninho.

"Ficamos surpresos com a rapidez do efeito das drogas", afirma Ahmad Salehi, principal autor do trabalho e pesquisador da Universidade Stanford. Mas ele sublinha que o efeito também cessava com igual rapidez quando o remédio era totalmente assimilado pelo corpo. Ele acredita que a existência de drogas já aprovadas, capazes de interferir na produção da noradrelina, poderá apressar os testes clínicos. Mesmo assim, preferiu não realizar nenhuma previsão de quando a terapia estaria disponível. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

fonte: Agência do Estado

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Games do bem

Por Redação, Atualizado: 17/11/2009 13:22


Jogos eletrônicos podem trazer notas boas na escola

Mais um ponto positivo para os games. E olha que de ponto em ponto positivos, você pode até tirar nota 10. Uma pesquisa recém-lançada pela Universidade de Granada, na Espanha, diz justamente que os games são bons para os alunos tirarem notas mais altas.
Isso porque a prática reduz o estresse do aprendizado e também aumenta a autoconfiança dos alunos. Afinal, no exemplo de controlar um robô gigantesco e destruir uma cidade inteira é algo que realmente eleva o ego de qualquer um, não é mesmo?
Os pesquisadores analisaram o comportamento de 266 adolescentes de 11 a 16 anos de idade para avaliar o impacto dos videogames na inteligência e no desempenho escolar.
O resultado foi bom. Agora, tem até desculpa quando os pais quiserem tirar os videogames como castigo por tirar notas baixas. Mas olha lá, heim? Claro que jogar em demasia e deixar de estudar também além de trazer notas baixas, é resultado de noção baixa.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Sexualidade Infantil _ parte II

Neste estágio do desenvolvimento psicossexual, a criança inicia o relacionamento interpessoal com outras crianças. A fase de descoberta do corpo do outro inclui a curiosidade pelo corpo da mãe e do pai. Tem início a socialização sexual da criança e esta etapa ocorre até o início da puberdade. No período da exibição e das perguntas sobre o sexo, as atenções da família estão voltadas para o aprendizado do autocontrole. Assim, a criança aprende que os assuntos relacionados aos prazeres do exercício da sexualidade, na maioria das vezes, não podem ser tratados com os pais, claro com raríssimas exceções.

Segundo o prof. Dr. Nelson 'vittielo "Os jogos sexuais são de grande importância no processo de desenvolvimento da criança, como facilitadores da exploração do ambiente e da união entre as crianças. São, ainda, de grande valia por favorecerem o desenvolvimento cognitivo, permitirem a prática dos papéis sexuais e possibilitarem o manejo dos conflitos e das ansiedades, envolvendo o corpo como um todo, mas a preocupação das instituições responsáveis pela educação da criança (família e escola) está centrada nas manifestações genitais da sexualidade; por isso, apenas as atividades diretamente relacionadas aos órgãos genitais são alvo de repressão.

A criança tem, assim, reforçada a idéia de que estes órgãos não merecem mesmo valorização nem respeito. Além disso, nessa idade, as normas que delimitam os papéis sexuais deixam de ser apresentadas explicitamente às crianças, embora seu cumprimento passe a ser exigido como forma de comportamento educado. A repressão aos jogos sexuais implica forte sensação de culpa. Apesar de a criança ainda não ter capacidade de compreender bem o seu real significado.

Algumas crianças, principalmente do sexo feminino, por serem mais retraídas e medrosas, não ousam experimentar os jogos sexuais, apresentando, por isso, uma falha no desenvolvimento de sua sexualidade. A criança do sexo feminino habitualmente vivencia o desenvolvimento de sua sexualidade com maiores conflitos, pois a repressão é maior sobre elas. Além disso, a educação para um papel sexual 'adequado' exige uma postura de aceitação e de obediência, o que inviabiliza as práticas clandestinas de jogos sexuais. Mesmo que prazerosas, as experiências de exploração do prazer desencadeiam culpa e sensação de imoralidade tão conflituosas que a criança faz um bloqueio destas lembranças para amenizar seu sofrimento."

Embora a família seja a estrutura social ideal para a prática da educação em geral, e da educação sexual em especial, parece-nos que ainda estamos muito distantes da situação em que esse processo educativo aconteça em boas condições, pela falta de preparo da maioria das famílias.

Da mesma forma que as crianças aprendem a andar, falar etc. elas vão aprendendo sobre seu corpo. Esta aprendizagem sobre o próprio corpo e o corpo das outras pessoas, sobre as sensações de carinho, prazer ou desprazer marcam profundamente a criança. Com essas experiências é que ela vai construindo uma imagem sobre si mesma, seu físico, sua auto-estima e vai se percebendo menino ou menina.

Se você é mãe, avó, tia (a irmã da mãe ou do pai) educador e pesquisador, com certeza já se viu envolvido (a) em questões bem embaraçosas ao tentar esclarecer as mais diversas dúvidas dos nossos pequenos. Recentemente minha filha de seis anos (Larissa) me perguntou sobre a Aids.

Como se pegava essa doença? Questionei-a da seguinte forma: Onde você ouviu sobre Aids? Ela esclareceu que estava vendo o comercial de um dos episódios da novela do SBT "Amigas e Rivais" que iria ao ar, no qual uma amiga comentava com outra, de maneira bem preconceituosa, que determinada pessoa era portadora da Aids. É evidente que ela não disse com essas palavras que o preconceito se fazia ali presente, mas foi fácil perceber, quando ela disse que a amiga sussurrou no ouvido da outra: "Ela tem Aids!"

Eu disse: "Filha, a Aids é uma doença contagiosa (ela já havia perguntado o que era contagiosa). Por esta razão que as pessoas costumam falar baixinho sobre esse assunto, quando sabem que uma pessoa tem Aids. Eu acho que elas pensam que quando falam baixinho, vão conseguir conviver melhor, acreditando que não estão magoando quem está com a doença.

Mas essa forma de agir só deixa mais tristes as pessoas. Você sabe que o nosso corpo humano tem sangue, não é mesmo? A pessoa que adquiriu Aids e que fica doente, também fica com o sangue doente."

"É como se eu ficasse muito resfriada, com febre, dengue e dor de cabeça, imagine como o corpo da mamãe ficaria com tudo isso junto?" "Podre de tanta doença junto, né mãe?" Foi o que ela respondeu.

"Então filha... agora, imagine que o papai precisasse de sangue e só teria duas pessoas para doar sangue para ele: Mayre (esposa) e Larissa (filha). Que sangue estaria melhor para ele receber, o meu ou o seu?" "O meu, mas eu tenho medo de ser picada! "

"Tudo bem, mas por que o seu seria melhor?" "Porque eu não estou doente e o papai pode usar o meu." "Então você conseguiu entender que a Aids é uma doença que, além de deixar o nosso sangue doente, deixa a pessoa fraca, necessitando de um acompanhamento médico. Mas essa doença não pega só de falar com as pessoas, o contágio só vai acontecer se a pessoa que estiver com o sangue doente por acaso se cortar e o sangue dela entrar num ferimento de alguém que esteja bem, se ela doar o sangue dela..." e fui concluindo por aí. "Entendeu?" perguntei.
"Tudinho, mãe. " Será que eu dei a explicação certa?

Não sei. O que verdadeiramente sei é que eu não fugi da responsabilidade de tentar responder e de passar para ela fatos que são verdadeiros (sem os termos técnicos) para que ela não ficasse com dúvidas. Eu acredito que agindo assim consigo participar e acompanhar mais de perto os pontos de interrogação que certamente rodeiam nossas crianças.

Lidar com a sexualidade das crianças, confesso, não é tarefa fácil, mas fingir que nada acontece contribui para conflitos futuros.

É muito importante informar para a criança o que está acontecendo com seu corpo e com seu mundo. A escola pode ajudar muito neste momento, tendo um papel fundamental na educação e socialização de seus alunos.

Juntos, pais e escola poderão favorecer este processo para a criança, fazendo com que seu conhecimento fique mais completo e integral. Se a escola e os pais dão uma oportunidade à criança de ser bem informada sobre esses temas, sem tabus, preconceitos e medos, isso resultará em escolhas mais sensatas, relacionamentos mais duráveis e afetivos, prevenção de doenças, respeito, percepção corporal como algo integrado, e que o corpo deve ser amado e respeitado.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Tchau Fraudinha!!!!

Por Luciana Alcover

Fonte: Revista Baby & Cia/ed.8

Na última noite do ano de 2008, em meio a abraços, foguetório, champanhe, sete ondas, resoluções bem intencionadas e definitivas, Carolina, mãe atenta e observadora, só pensava em uma coisa – na hora de tirar as fraldas da Bruninha, a essas alturas com quase dois anos de idade. Quem a visse circulando pela casa, entre familiares, com uma taça flûte na mão, erguendo brindes, certamente pensaria que ela traçava planos mirabolantes para o futuro e, no entanto, Carolina estava totalmente fixada na filhota e em como ajudá-la no delicado momento da vida que se avizinhava. Já que o dia seguinte ao réveillon seria feriado, um compromisso maior teria que esperar até o dia 2 de janeiro.

Enquanto a turma se refestelava ao sol, enforcando a sexta-feira, Carolina abdicou da companhia de todos, entrou no carro, foi direto ao shopping mais próximo e lá fez a primeira compra do ano: um penico musical!

Na volta para casa, ainda no carro, um filme passava na cabeça da mãe: o da filha reagindo diante da novidade. Educar tem dessas coisas, pensava ela numa virada de esquina. Disposta a não abandonar os seus planos, coração acelerado, chegou em casa carregando o precioso embrulho e o que Bruna nem de longe poderia imaginar era que por baixo daquele papel rosa laminado estava o começo de uma incrível transformação na sua vida. Ela estava crescendo e aquele seria um verão diferente. Um verão repleto de sol, praia, banho de mar, castelo de areia, família unida e muito aprendizado. Um verão livre das fraldas. O verão que Bruna aprenderia a usar o peniquinho. Um verão com trilha sonora a cada xixi e coco.

Carolina, alertada pela sua sensibilidade materna, estava certa de que era chegada a hora de tirar as fraldas da filhota, mas como responder às demais mamães que entre aflitas e angustiadas indagam: “qual é mesmo o momento correto?”, ai..ai...ai ...Será que está na hora?Não são raras as conversas entre as mães-coruja na saída das creches, nos aniversários, nos encontros em parques, em passeios despretensiosos, a respeito das façanhas dos seus filhos. Mãe por mãe, tia por tia, avós por avós, escutam de outras mães, de outras tias, de outros avós, as manifestações de brilho e talento das suas crianças e debatem de maneira acalorada sobre a escolha do melhor período para retirada das fraldas.

Quando se deve tirar a fralda?
Para auxiliar nessa empreitada, escutamos o depoimento de pessoas experientes no assunto. Elas nos alertaram que geralmente aos 2 anos a criança está pronta para iniciar o processo, embora exista alguma variação entre uma e outra e esta deve ser respeitada. Esse momento não deve ser uma decisão única e exclusiva dos pais baseado no fator idade, mas sim no resultado de uma observação dos pequenos sinais emitidos pela criança. São estes sinais que vão possibilitar que os pais percebam os indícios de que a hora do desfralde chegou:

- A criança tem consciência e informa de alguma maneira a vontade de ir ao banheiro. Pode ser através de gestos ou expressões ou manifestações vocais.- Torna evidente o quanto se incomoda em usar as fraldas. Pede para ficar sem elas ou tenta tirá-las.- Sinaliza que a fralda está molhada ou suja e evidencia o seu desgosto com essa sensação.- Demonstra a vontade de ir ao banheiro com alguém próximo: pai, mãe, irmão. Normalmente, a menina gosta da companhia de uma figura feminina, na maioria dos casos da mãe. Assim como o menino, do pai. Querem ver e imitar o que os mais velhos fazem.

O que fazer quando a hora chegar?
A fralda nunca deve ser retirada à força e de forma abrupta. A criança, acima de tudo, deve ter a sua vontade respeitada e obedecida em um processo gradual, a fim de que a adaptação se dê sem traumas. Antes de qualquer decisão, os pais devem conversar com os seus filhos sobre essa nova fase através de uma linguagem que seja clara ao seu entendimento. A mudança deve ser feita respeitando o ritmo e a individualidade de cada um.

Decidido o momento, muita paciência. Certamente, muitos “acidentes” vão acontecer durante todo o processo de aprendizagem, sendo necessário, muitas vezes, uma dose extra de persistência. Por isso, muitos pais acabam escolhendo os meses mais quentes e as férias para fazer a experiência.Parece um processo simples, mas são muitas as novidades para os pequenos. Acima de tudo, a criança precisa se sentir amada e respeitada

Tome nota e facilite a transição da fralda para o penico
- As crianças precisam se familiarizar com as sensações que indicam a vontade de ir ao banheiro.- A criança necessita aprender a controlar os seus esfíncteres para segurar ou eliminar o xixi e o coco.- No começo, utilizar a fralda durante a noite para evitar que o pipi escape e a cama fique molhada. Com o tempo, se a fralda permanecer seca durante algumas noites seguidas, ela pode ser retirada.- Durante o dia, oferecer várias vezes à criança o banheiro, para incentivar o xixi no banheiro e evitar que ele escape.

Fazer isso principalmente logo após a criança ingerir uma quantidade grande de líquidos.- Se estiver frequentando uma escolinha, avise a professora responsável sobre a nova fase. Mande troca de roupas extra na mochila do seu filho.- A higiene da criança é fundamental.- Associe a ida ao banheiro como uma coisa boa e não com expressões e coisas ruins como nojento, fedido, caca, eca...- Faça com que o seu filho comece a tirar a sua própria roupa para ir ao banheiro.- O tempo de aprendizagem do xixi é diferente do coco.

Então, nessas horas, os hábitos são excelentes aliados para o controle da hora em que seu filho deve sentir a vontade de evacuar. Ofereça o banheiro a ele.- Deixe a porta do banheiro aberta para que a criança não se sinta isolada e perceba que esse é um ato comum.- Comemore com o seu filho sempre que ele for ao banheiro na hora certa e toda vez que ele avisar que tem vontade de ir.- Deixe a criança puxar a descarga ou deixe ouvir a música do penico quando fizer xixi ou coco. Essas ações também fazem parte do treinamento.- Nunca retarde a ida de uma criança ao banheiro. Faça com que seu pedido seja atendido imediatamente.- Meninos e meninas aprendem a fazer xixi sentados. Só depois de adquirido o controle é que os meninos aprendem a fazer xixi em pé.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Consulta médica online - GRATIS!?!?

Para obter a consulta gratuíta, basta clicar na imagem abaixo e você será encaminhado ao site do dr. Luís Pinheiro.
Lembramos que as consultas são somente para crianças, realizadas através de textos enviados para o dr. e analizados pelo mesmo.
Lembramos que a Escola Exata não tem vínculo nenhum com o médico, servindo somente como veículo de divulgação sem fins lucrativos, de modo a informar, somente, aos queridos leitores de nosso blog.


O Dr. Luís Pinheiro - Médico Pediatra



Pediatra e Neonatalogista, nasceu em Santiago de Figueiró, uma pequena aldeia perto de Amarante, em 1953.

Fez o curso dos liceus no Colégio Militar e licenciou-se pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa em 1976. Concluiu a especialidade de Pediatria em 1987 no Hospital de Santa Maria.

Desde essa altura e durante 11 anos, integrou a equipa de Neonatalogia do Serviço de Pediatria do Hospital de S. Francisco Xavier.

Em 1998 ingressou no Centro Hospitalar de Cascais, onde é Chefe de Serviço de Pediatria e responsável pela Unidade de Neonatalogia.

Dedicado desde sempre à Neonatalogia, foi no ambulatório pediátrico que cimentou a sua experiência.

Nos tempos livres dedica-se à fotografia e ao golfe, e à sua verdadeira paixão, o neto Tomás.

Escritor do livro mais vendido de todos os tempos o livro em sua área "Manual de Primeira Viagem" e também o "Manual para Pais".

Agora é também o portador de um projéto inovador acesse o site:
http://www.lpinheiro.com/default.asp

E navegue a vontade, você pode saciar as suas dúvidas e conversar diretavente com doutor Luís Pinheiro.

domingo, 8 de novembro de 2009

Sexualidade Infantil _ parte I

Desde os primeiros meses de vida o bebê percebe que certas partes do corpo, ao serem tocadas, proporcionam sensações prazerosas.

A masturbação é normal e freqüente a partir dos 3 ou 4 anos, ou até um pouco antes. Ela nada mais é do que o emprego de um recurso natural para a satisfação e, conseqüentemente, contra a frustração e a raiva, o ódio e o medo que se segue a isso. Na verdade, faz parte da auto descoberta da criança e da verificação de que a estimulação dos genitais provoca sensações agradáveis.

Uma vez descoberta, ela pode ser continuada e costuma ser mais freqüente em épocas de tensão, stress, tédio, monotonia ou para induzir ao sono. A masturbação pode ser considerada normal se ela se constitui apenas da estimulação da genitália, se é ocasional, discreta, em caráter privado, e se não impede nem substitui as atividades e brincadeiras habituais da criança.

Quando a masturbação é exagerada, passa a ser um sinal de alerta para problemas emocionais. Normalmente indica que as angústias a serem enfrentadas pelas crianças são excessivas. Talvez o que elas estejam precisando seja de maiores cuidados maternos, ou de um meio para saber que alguém está sempre por perto, enfim, de mais segurança.

Deve-se fazer uma investigação sobre o que pode estar angustiando tanto a criança. Nesse caso, é importante não haver proibição, desaprovação ou censura de tais atos, pois, sobretudo, essas atitudes a obrigam a dar importância a gestos que, para ela, ainda não têm o significado do mundo adulto, sendo apenas algo que faz parte da vida instintual.

A curiosidade a respeito das diferenças anatômicas é evidente desde muito cedo na vida das crianças, na hora do banho ou ao olhar o pipi do outro. Esses jogos sexuais ocorrem devido à curiosidade que a criança tem a respeito dos adultos, de como eles diferem das crianças e de como são feitos os bebês. Aos 6 anos ou até mais cedo, as crianças farão explorações mais sérias dos corpos umas das outras.

Brincar de "médico ou enfermeira" é sempre uma forma útil de satisfazer essa curiosidade, ou ainda uma brincadeira de "pegar no pipi". Uma certa dose de tais atividades é normal. O preocupante é a compulsão, crianças que fazem isso o tempo todo.

E importante uma investigação mais detalhada porque existem maneiras, que não chegam a se configurar como abuso sexual, de estimular exageradamente as crianças. As que tiverem contato com filmes para adultos ou com atividades sexuais dos adultos ficam excitadas e desnorteadas e acabam encenando isso com freqüência.

Elas precisam ser notadas, porque precisam de atenção e possivelmente de proteção. Os pais muitas vezes não sabem o que contar quando seus filhos fazem perguntas sobre esse assunto Segundo a psicóloga Nina Eiras Dias de Oliveira, a "educação sexual” acontece primordialmente no contexto da família onde a criança está inserida." Muitos pais preferem nem tocar no assunto. Outros superestimulam as crianças, achando engraçadinho ver crianças de 1, 2 ou 3 anos beijarem na boca, ao som de frenéticas risadinhas, ou indagações do tipo: "Quem é seu namorado?" As meninas vestem microsaias, ou microshorts, os meninos são estimulados a desejar modelos como Tiazinha, Carla Perez, Feiticeira etc.

A geração anterior era muitas vezes punida e repreendida caso mencionasse ou quisesse saber alguma coisa a respeito da sexualidade. A atual é bombardeada pela estimulação precoce à erotização.

Há os que acreditam que só estão lidando com a sexualidade a partir do momento em que ela é mencionada, seja com a solicitação de informações ou explicações a respeito. Mas onde se inicia então esta relação? Quando a mãe e o pai cuidam do bebê, brincam com este, na maneira como se relacionam com ele, ao mesmo tempo em que o casal vive uma relação afetiva, gratificante ou não, quando os limites de cada papel e relação ficam bem definidos e marcados, quando a criança pode concluir que amar é ou não possível, está recebendo educação sexual.

Quando se pensa em educação sexual na infância, autcmaticamente tem que se pensar, também, em desenvolvimento emocional, isto é, tem que se levar em conta o nível de maturidade e as necessidades emocionais da criança.

É importante que as questões da criança tenham espaço para serem colocadas e respondidas com clareza, simplicidade, na medida em que esta curiosidade vai se dando. Às vezes, alguns pais querem se livrar logo do assunto e na ansiedade disparam a falar além da necessidade da criança, na tentativa muitas vezes frustrada de que nunca mais vão precisar falar sobre o assunto.

Quando uma criança pergunta, por exemplo, como o bebê foi parar na barriga da mãe, não quer dizer que ela queira ou deva saber detalhes com relação ao ato sexual dos pais. Responder à criança de maneira simples, clara e objetiva satisfaz sua curiosidade. A satisfação dessas curiosidades contribui para que o desejo de saber seja impulsionado ao longo da vida, enquanto a não satisfação ou o excesso de informações gera ansiedade e tensão.

Quando a criança pergunta, por exemplo, como o bebê foi parar na barriga da mãe, não quer dizer que ela queira ou deva saber detalhes do ato sexual dos pais. A sexualidade infantil é diferente da sexualidade adulta, não contém os mesmos componentes e interesses. Muitas vezes, pela dramatização, a criança compreende, elabora, vivencia a realidade que vive.

Compreende papéis (mãe, pai, filho, homem, mulher etc.), embora muitas vezes já se perceba menino ou menina e já conheça seus órgãos genitais, experimenta na brincadeira sexos indiferentemente.

Quando as crianças fazem essas perguntas, elas não estão apenas atrás de informações. Eles estão buscando também se habituar com a desagradável idéia de que a mamãe e o papai possam estar fazendo essas coisas na cama.

Um bom método é explicar de maneira simples e honesta o que ocorre durante o ato sexual e parar por aí. Se, e quando a criança quiser saber mais, ela perguntará. Inundar a criança com informações demais pode causar um embaraço angustiado e levar à relutância em fazer perguntas mais tarde.

Nosso século tem assistido a importantes mudanças no que se refere aos padrões de enfoque da sexualidade e dos comportamentos sexuais. As crianças estão, desde cedo, convivendo com estas mudanças na maneira de tratar a sexualidade (entende-se por sexualidade o amor, a afetividade, a relação entre parceiros amorosos, não se restringindo apenas ao ato sexual). Na infância muitos de nós tivemos uma educação sexual confusa, recebemos poucas informações e desenvolvemos assim pouca intimida de com estas questões e até com nosso próprio corpo.

Grande parte dessa mudança de enfoque é devida à divulgação das idéias de Freud, que foi o primeiro a afirmar a existência da sexualidade na infância, correlacionando-a com as fases de desenvolvimento da criança. Suas declarações foram muito contestadas pela sociedade, que relacionava, ainda, a ausência de sexualidade à pureza e à inocência.

Nessa concepção, era virtuoso todo aquele que negasse a satisfação de seus próprios desejos, quando a razão não os autorizava. O exercício da sexualidade, trazendo os prazeres advindos do próprio corpo, enquadrava-se dentro das atividades que a razão não devia autorizar. Freud ousou declarar que todos praticávamos o sexo e que ele estava inserido na natureza humana desde o nascimento, tratando a questão não como um "pecado", mas como causa de sentimento de culpa e, portanto, de danos emocionais.

Freud entendia que a sexualidade na infância desenvolvia-se nas seguintes fases:
Fase oral: até o desmame;
Fase anal/ genital: do desmame até os 6 anos.
Fase de latência: dos 6 aos 10 anos.

Atualmente, admitimos que a sexualidade se manifesta desde o início da vida e que se desenvolve, acompanhando o desenvolvimento geral do indivíduo. A primeira fonte de prazer corporal está na região oral. A amamentação, sem dúvida, deve ser uma fonte de expressivo prazer para o recém-nascido. Com o desenvolvimento e manutenção do sistema nervoso central, e com a gradual aquisição da coordenação motora, a criança se lança à descoberta do corpo e dos prazeres que este lhe proporciona.

O momento do desenvolvimento da sexualidade, que compreende o conhecimento dos órgãos sexuais, coincidindo com a retirada das fraldas, sofre importante interferência da educação repressora. A família se encarrega de comunicar à criança todo o pecado que há nesta parte do corpo e que o prazer desta região não é aceito pelos adultos. O reforço é dado pela vergonha que o adulto demonstra em relação aos seus próprios órgãos genitais.

O desenvolvimento da sexualidade tem como fase seguinte o descobrimento do controle dos esfíncteres. Nessa fase, é novamente exercida a repressão com a demonstração de nojo e desagrado às fezes e a urina. As regras sociais vigentes para as funções fisiológicas de evacuar e urinar sempre foram muito rigorosas. Atualmente, com as constatações científicas de que este comportamento repressivo não é benéfico para a criança, a comunicação oral vem sendo substituída pela comunicação corporal.

Terminado o processo de controle dos esfíncteres, a criança já é capaz de caminhar e de falar. Com a conquista destas capacidades, seu objetivo passa, agora, a ser o de conhecer o ambiente; no campo da sexualidade, fixa se em conhecer o corpo do outro e os prazeres que este outro corpo pode lhe oferecer.

sábado, 31 de outubro de 2009

Limites, Chantagem: Consumismo infantil

Durante toda a vida, os desafios do mundo são constantes. Com a educação não é diferente. À medida que a criança vai crescendo, vai ampliando seus contatos, participando ativamente do meio em que vive. Essa participação vai exigindo da criança normas a serem cumpridas, pois espontaneamente a criança delimita um espaço físico para satisfazer suas necessidades, o que nem sempre é aceito pelo adulto, que vai interferir no seu mundo, protegendo-a dos perigos e das coisas frágeis que estão sob sua ação.

As primeiras reações às ordens e interdições são de obediência e devem ser repetidas constantemente, para que a criança perceba o que é possível ou não. Logo no segundo ano de vida, as reações de desagrado e desobediência aumentam. Em cada família, existe um código de regras sobre o que se pode ou não fazer.

Por esta razão, é necessário que a criança consiga aceitar certos limites para que se tome um ser social. Conforme os anos vão passando, estamos sempre buscando um modelo ideal para educar nossas crianças. A realidade atual tem mostrado que a conscientização de pais e filhos, no que diz respeito ao limite, diverge em muitos sentidos. Não é para menos, pois algumas décadas atrás a criança era tratada como um ser que necessitava ser civilizado.

A educação era rígida e o poder absoluto estava na figura do pai, a quem a criança devia total obediência, sem qualquer tipo de questionamento. Raramente o pai demonstrava amor pela criança. Depois veio a liberdade de expressão, os valores se viram ameaçados diante de tanta permissividade. A geração que teve uma educação rígida optou por criar os filhos livres de qualquer opressão.

A noção do limite foi esquecida e a sociedade atual se depara com jovens inseguros, totalmente despreparados para um mundo onde o mercado de trabalho busca jovens eficientes, audaciosos, seguros do que querem. Os anos 90 mostraram que cada vez mais os pais querem encontrar o equilíbrio entre autoridade e liberdade. Desejam estimular os filhos de maneira que saibam se virar no mundo, sem se esquecer do respeito ao limite.

É comum ouvirmos depoimentos de pais de adolescentes que questionam a educação recebida e tentam oferecer aos filhos o resultado encontrado entre a educação autoritária dos avós e a liberal que tiveram dos pais, para que a próxima geração possa crescer num ambiente diferente, com respeito, coerência e harmonia.

As regras sobre o que se pode ou não fazer são cada vez mais utilizadas pelos pais. O diálogo esclarecedor e o bom senso vêm ocupando espaços significativos, unidos à compreensão, ao amor e ao carinho. Aprender a dizer não, sem ficar se culpando, não é tarefa fácil para quem está acostumado a sempre ceder. Geralmente, cedemos desde que a criança é um bebê. Ao menor sinal de desconforto, estamos lá totalmente à disposição da criança, realizando tudo e mais um pouco, além do que ela necessita.

Se quer dormir na cama dos pais, a princípio negamos, depois acabamos permitindo e assim a criança vai Conseguindo seus objetivos. Quando dizemos não, é um verdadeiro desastre, com birras, choros, chantagem etc.

Surge então a famosa culpa. Os pais acham que a criança pode ficar doente, receiam a imposição da autoridade a qual têm direito, criando-a totalmente sem limites. Quando a criança ingressa na escola, geralmente Os problemas de ordem emocional aparecem. Afinal de contas, ela podia tudo, tinha tudo, mandava em tudo. Na escola, ela deve aprender a dividir tudo, tudo é de todos e as regras são estabelecidas por todos. Logo, o caos é geral.

A escola então precisa realizar um trabalho de conscientização com toda a família, esclarecendo e gradativamente introduzindo noções de limites; Isso quando os pais não tiram a criança da escola, pois alguns acreditam que a escola não se adaptou ao jeitinho de ser da criança. Na maioria das vezes, esse julgamento precipitado retarda o trabalho que pode ser iniciado tão logo o educador ou responsáveis percebam que o desempenho e o comportamento da criança diferem do esperado.

É comum nos depararmos numa negociação com os filhos em troca de algo. Até nos casos em que a criança está em adaptação escolar, costumamos presenciar os pais Inocentemente recompensando os filhos por terem permanecido na escola. O que fazer diante dessas situações de constantes promessas em troca de presentes, recompensas ou guloseimas?

Algumas crianças abusam da manha para conseguir o que desejam: fazem escândalos, choram, jogam-se ao chão, arremessam objetos longe etc. A criança aprende depressa que a chantagem é uma aliada muito eficaz.

Quando os pais toleram o não cumprimento das regras e normas, a educação tende a seguir por um caminho muito perigoso, às vezes irreversível. Os anos 90 mostraram que cada vez mais os pais querem encontrar o equilíbrio entre autoridade e liberdade.

Chantagens para que a criança se alimente, tome banho, vista o uniforme etc. em troca de doces ou presentes geralmente começam em casa. Por esta razão, os pais devem permanecer "sempre alertas" para não incentivar essas condutas. Pais que não agüentam ver uma carinha triste, julgando que a criança está sofrendo, perdem a noção do que é melhor para a criança.

Mais uma vez o limite precisa ficar bem esclarecido, como nesse exemplo: o alimento é necessário para a saúde e quem não se alimentar poderá ficar doente (não simplesmente almoçar em troca de um programa de TV).

Diante da satisfação de todas suas vontades, a criança chantagista pede cada vez mais... A relação com os pais, na base de trocas, torna-se um vício. Dependendo da intensidade e do tipo de relacionamento que os pais mantêm com os filhos, "combinações" para determinadas situações são saudáveis e não causam danos sérios: se você terminar de arrumar o quarto, daremos uma volta pelo parque (é importante cumprir).

Caso contrário, podemos encontrar no futuro crianças com dificuldades para se adaptar a regras, leis e valores da sociedade. A convivência com os amigos torna-se insuportável, pois convenhamos que não é fácil interagir com um chantagista que não aprendeu a conviver com a frustração.
O melhor caminho é sempre o esclarecimento de determinadas situações desde que a criança é bem pequena (diálogo), pois assim ela cresce num ambiente seguro, real e consciente de que um NÃO, dito com firmeza, mas com amor e carinho, é ideal para o seu desenvolvimento e para despertar o senso de responsabilidade e o exercício da cidadania.

Mas devemos sempre nos lembrar dos excessos de nãos. Se só há proibições no mundo da criança, ela não dará nenhuma atenção a elas. É necessário estabelecer as prioridades tratando de um aspecto de cada vez. É importante deixar claro para a criança tudo o que se refere a riscos ou alertar para ações que podem causar danos materiais. Conflitos associados à comida e à escolha de roupas muitas vezes não valem o esforço.

A criança, quando está cansada, não responderá às expectativas dos pais com relação à disciplina. Os pais certamente obterão sucesso se suprirem a necessidade momentânea da criança, dando-lhe um abraço, permitindo que ela durma, recupere as energias lanchando. Poderão tentar um novo diálogo mais tarde. Nessas situações, os pais também podem estar cansados e certamente não conseguirão ensinar nada de produtivo à criança.

A calma precisa falar mais alto, pois a criança logo entende, pela expressão facial, tom de voz e reações, que os pais estão perdendo o controle. Ambos poderão assustar-se diante de reações exageradas, provavelmente se arrependendo do que disseram ou fizeram.

Às vezes os pais esperam demais de seus filhos, dando instruções muito genéricas, exigindo comportamentos que não significam muito: "seja bonzinho", "comporte-se". Esses pedidos são muito complicados para a criança.

Pouquíssimas crianças entendem o que quer dizer "arrume o quarto". Crianças reagem melhor quando somos específicos sobre o que desejamos delas e utilizamos frases que deixam claro o que necessitamos. Assim estimulamos a criança a concluir a tarefa com sucesso: "Pare de gritar", "Leonardo, esse carrinho é do Lucas, devolva para ele", "guarde os brinquedos", "coloque o pijama no cesto".

Conflitos por controle são comuns e normais, mais é importante estimular a independência da criança, que se sente mais segura quando conhece seus limites. Por outro lado, torna-se ansiosa se as regras mudam ou pare cem ser negociáveis.

Sabemos que a mídia tem poder de influenciar as pessoas, principalmente as crianças. Os lançamentos de produtos infantis veiculados na TV, especialmente em datas como Páscoa, férias, Dia das Crianças e Natal exercem atração exagerada nos pequenos. Não é nada tranqüilo educar crianças neste século!

Conhecer os limites que a vida naturalmente nos impõe é fundamental para criança. Assim ela entende que o consumismo infantil é uma epidemia difícil de ser combatida. Em nossa sociedade o TER foi sendo valorizado de tal maneira que são poucas as famílias que conseguem fugir da febre do consumismo. Os pais saem para dar uma volta no shopping e de repente são surpreendidos pelos filhos puxando-os pelas mãos ou pelas calças, desejando guloseimas, tênis importados, bonecas, DVDS, aparelhos eletrônicos e mais uma infinidade de produtos.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Filhos Mimados = Pais preguiçosos

Você já deve ter visto ou vivenciado a seguinte cena: no supermercado, uma criança se debate no chão, chora, berra, enquanto a mãe, em geral, costuma ficar bastante envergonhada com todos os olhares que se voltam para ela e para aquele pequeno ser tão sonoro, cuja vontade não foi prontamente atendida. O comportamento é típico de filhos mimados, encarados como um problemão. Mas como fazer para evitá-los? Boa parte da origem - e da solução - está nas mãos dos próprios pais.

O fato de um pai, uma mãe (ou ambos) mimar os filhos passa por diversos fatores e vai desde a superproteção até uma certa negligência. "Em vez de impor os limites e gastar energia discutindo com a criança, a saída mais fácil é atender seus desejos", diz a psicóloga Patrícia Spada, da Universidade Federal de São Paulo(Unifesp).

Outras questões que resultam na criança mimada incluem: a mãe com um alto nível de ansiedade, ou seja, com medo de que aconteça algo muito ruim para o filho; pais que demoraram muito para engravidar, e quando vem o bebê ele é tratado como um bibelô (algo frágil, que corre o risco de quebrar a qualquer instante) e a rivalidade entre o casal, levando-os a disputar o amor do filho mimando-o. O que também pesa é a imaturidade dos adultos por achar que uma criança bem amada é aquela que vai ter tudo que os pais não tiveram e um pouco mais, entre outros motivos.

Os efeitos do mimo
O mimo é a não colocação de limites claros e passar a atender a todos os desejos do filho, antecipar-se para que ele não se frustre, protegê-lo dos sofrimentos naturais e inerentes à vida. "São atitudes familiares que podem induzir a criança a ter um comportamento de risco não só na adolescência, mas ainda quando for uma criança maior", alerta a psicóloga Patrícia Spada.

Pais de filhos mimados tendem a ser super indulgentes e procuram até adivinhar qual deverá ser o próximo desejo da criança. Quando crescer, as chances dessa criança em não respeitar regras são enormes. Afinal de contas, ela foi criada como uma pequena "dona do mundo" - tudo que deseja ela tem, tudo que quer ela consegue.

"No futuro, eles podem desenvolver até um comportamento delinquente, quando muitas vezes se tornam líderes do grupo (pois foram tratados como autoridade ou realeza a vida toda), maltratando, prejudicando ou, no mínimo, desprezando os outros que não concordam com seu jeito de pensar e agir", ressalta Patrícia.

A Influência começa cedo
Desde o seu nascimento, o bebê está suscetível ao temperamento, às vivências positivas e negativas dos pais, aos modelos afetivos que eles tiveram, entre outros fatores que irão, certamente, influenciar e interferir no relacionamento pais e filhos.

Algumas atitudes dos pais podem, de fato, atrapalhar o desenvolvimento global adequado do filho, tais como: superproteção ou quando o contato com o filho é mantido de modo intenso e contínuo, seja dormindo com eles, amamenta-os durante bem mais tempo do que o recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (é essencial até o sexto mês de vida) e, principalmente, limitando o contato da criança com outras pessoas, ou com outros bebês.

De acordo com a especialista Patrícia Spada, são hábitos que impedirão o início da percepção do bebê de que o mundo não é somente a mãe ou o pai, mas está repleto de outros interesses - fato que pode deixar os pais bastante ameaçados em relação à perda do afeto do filho.

Outra atitude dos pais, frequentemente relacionada a abandono, mas disfarçada por comportamentos de total liberação, é a super permissividade, que consiste em fazer tudo o que o filho deseja, sem nunca colocar limites e nem posicioná-lo, explicando motivos de não poder fazer determinada coisa.

"No caso de bebês, uma situação que demonstra isto é quando os pais se adiantam aos desejos do filho, e prontamente tentam satisfazê-lo, não raramente, em relação à alimentação. Assim, a criança chora ou faz menção de reclamar e os pais, imediatamente, lhe dão comida, sem nem lhe dar a chance de perceber e sentir se está mesmo com fome ou não e conhecer seu ponto de saciedade", alerta Patrícia.

O poder do "Não"
É por volta dos dois anos de idade que a criança aprende a falar "Não". É uma descoberta natural, mas que por desconhecimento, os pais a enfrentam com receio de perder a autoridade e gera-se um círculo vicioso: a criança tenta se apossar de seus desejos e palavras recém-descobertas a fim de desenvolver seu mundo mental próprio ou sua identidade e, do outro lado, os pais temerosos não aceitam e muito menos compreendem esta fase e preferem eles dizer o "Não" a ficarem com a palavra final. É aí que começam os ataques dos pequenos. "A criança passa a ter verdadeiros ataques coléricos para se afirmar, cujo limite para a birra é uma tênue e frágil linha", acrescenta a especialista da Unifesp.

A idade crítica
Quando os pais não têm suas próprias questões emocionais bem elaboradas, é mais fácil que elas se confundam com as emoções do filho e, dessa forma, projetem nele seus desejos não realizados e suas frustrações. Por essa ótica, toda e qualquer idade é uma idade de risco para deseducar os filhos. "Cada uma das fases da vida exige dos pais atitudes firmes, afetuosas, e limites bem colocados evitando - ao máximo futuros transtornos de comportamento", alerta Spada.

O comportamento dos pais de não imporem limites para se livrarem do problema é uma situação mais comum do que se pensa. Em geral, os pais permitem que o filho faça tudo o que quiser com a condição de não incomodá-los. "É o que chamamos de superpermissividade e uma das consequências é a indisciplina da criança , diz a especialista.

Tem cura!
A reeducação sempre é possível, contanto que os pais realmente a desejem e estejam dispostos a arcar com as consequencias inevitáveis em função da mudança de atitudes, bem como com a resistência do filho em perder o trono (falso e prejudicial) no qual sempre viveu.

Geralmente, a escola chama os pais para orientá-los a procurar ajuda profissional, pois é no ambiente social do filho onde aparecem os desvios de conduta com mais frequencia. Outras vezes, os próprios pais percebem que tudo já está fora de controle e nem eles mesmos conseguem suportar mais tal situação. E é neste momento de coragem que podem procurar um profissional da área de psicologia para ajudar a criança a se desenvolver e aproveitar todas as suas potencialidades.

Confira abaixo as dicas da especialista Patrícia Spada para evitar a criança mimada em casa:
Quando a criança não aceita comer o que há na mesa e faz birra Resorver isto parte de uma boa comunicação da criança com os pais. O problema é que os lados não estão falando a mesma linguagem e, geralmente, há grande manipulação por parte da criança.

Há, de fato, o risco de a criança ficar sem comer, enfraquecida, vir a adoecer, e ela sente e percebe a insegurança e receio da mãe quanto a isso. Se a mãe não conseguir traduzir este clima emocional, será uma guerra de foice, pois ambos tenderão a mostrar ao outro quem é o mais forte e, é claro, a criança poderá estar em situação de risco.

Nestes casos, é indicado que a mãe converse muito com a criança, respeite-a em seu gosto alimentar, faça junto com ela alguns cardápios e insista, sem forçar, para que o filho experimente a comida, mas tenha a liberdade de escolher o que quer comer, mas contanto que coma algum dos ingredientes servidos.




Com o tempo, ele se sentindo respeitado como pessoa, sem ser forçado, sem sofrer violência (física ou psicológica), vai querer comer e passará a aceitar mais facilmente, em combinação com a mãe, o que quer que seja feito para se alimentarem.

Para que os filhos saibam reconhecer o valor material e o esforço dos pais para conquistá-las
Conversar sempre demonstrando sem cobrança o quanto é necessário para um adulto se esforçar para ter dinheiro; - Ajudar o filho a administrar sua mesada ( se a receber), deixando-o decidir pela forma que quer usá-la, mas também arcando com as consequências - quando a criança gastar tudo o que tiver. O adequado será que ela possa esperar e juntar o dinheiro todo novamente, aprendendo a esperar, a lidar com a frustração e reconhecer o amor dos pais por ele. - Não é saudável dar presentes para o filho o tempo todo.

É preciso que ele saiba a importância da economia regrada (e não exagerada), bem como a importância de os pais lhe pedirem opiniões sobre o que ele pensa que poderia ajudar para melhorar o orçamento da família.

Para que os filhos entendam o valor das amizades e a importância de compartilhar
Este é um valor que certamente começa em casa. Não é a mãe obrigando o filho a emprestar seu brinquedo favorito para o amiguinho que desenvolverá nele o sentimento de solidariedade ou de partilha. É natural que as crianças passem pela fase de não querer dividir nada do que é seu com nenhum amigo e, neste caso, é importante que a mãe e o pai respeitem e compreendam a posição e a emoção de seu filho e deixem que ele aprenda a lidar com as consequências de sua atitude.

Se os adultos estiverem emocionalmente bem, tranquilos e confiantes na educação que estão dando à criança, tudo não passará de mais uma fase conturbada e turbulenta, que quando acompanhada de perto pelos responsáveis pela criança, tende a se acalmar com o tempo.


Para evitar os ataques de choro e crises dos pequenos quando algo não sai como eles querem
Muitas vezes os ataques de choro e as crises não devem ser evitadas, justamente pela importância que a elas compete. Nenhum ser humano consegue tudo que quer na hora que quer e quando os pequenos percebem que eles também não são poderosos, - pois não só as coisas não são como querem como também não conseguem com que os pais atendam a seus desejos incondicionalmente - é o momento ideal para que devagar possam ir entrando em contato com a realidade e elaborar este sentimento de onipotência , tão natural e esperado nos filhos. É interessante salientar que, em geral, as crises de choro e de birra, muitas vezes, mais deixam os pais envergonhados - pela possível opinião dos outros (que nem se quer os conhece) de que não são bons pais, do que preocupados com a saúde emocional e mental ou desenvolvimento saudável do filho.

Gostou desta matéria?
Aproveite e receba o nosso conteúdo em seu email. São dicas, matérias, testes, receitas, guias e muito mais!
Clique aqui para receber o nosso conteúdo.

Veja mais no especial:

> Passeio na loja de brinquedos é momento para diversão e limites
> Abra o apetite do seu filho com estas 8 dicas e acabe com os escândalos à mesa
> Exageros fashion tiram o charme da infância
> Obesidade infantil: um risco à saúde do seu filho
> Livro ajuda pais a esclarecerem dúvidas do universo infantil