segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Explorações do Bebê

A expressão corporal não é uma função exclusiva do bebê, ela está presente no desenvolvimento de todas as possibilidades motoras. Quando um bebê nasce, já se comunica chorando. A finalidade desse choro é apenas respiratória, pois os pulmões se movimentam para receber oxigênio e o ar é expelido, provocando sons muito fortes ao passar pelas cordas vocais.

Esses ruídos, que geralmente interpretamos como choro, na verdade não têm nenhum significado emocional ou intelectual. A expressividade e a mobilidade são próprias das crianças: se um bebê se mexe desconsoladamente, demonstrando desconforto, expressando-se com caretas, os significados desses movimentos podem permitir à mãe identificar sua mensagem de dor, incômodo, cólicas etc.

Observando um bebê, constatamos o tempo que ele se dedica a exploração do seu próprio corpo. Olha para as mãos, segura os próprios dedos, tenta manter com as mãos o controle dos pés, puxa várias vezes a corda dos objetos que emitem sons, tentando alcançar tudo que desperta seu interesse: móbiles, objetos coloridos, ursinhos, a mão do adulto que esúver por perto etc.

Pesquisas já comprovaram que bebês que passaram a maior parte de seu primeiro ano de vida dentro de um berço, sem maiores contatos físicos, apresentam desenvolvimento anormal.
Pesquisas já comprovaram que bebês que passaram a maior parte do seu primeiro ano de vida dentro de um berço, sem maiores contatos físicos, apresentam desenvolvimento anormal. "Alguns com um ano e nove meses ainda não conseguem se sentar", afirmou a neurobiologista Carla Shatz, professora da Universidade da Califórnia, na revista Scientific Ameñcan, comparando essas crianças com outras criadas no colo das mães e avós: "Elas costumam andar já aos onze meses". (...) Essas ações exploratórias, que buscam descobrir o efeito dos gestos sobre os objetos, vão possibilitar, além da definição dos limites do seu próprio corpo, uma coordenação sensório-motora muito importante: o movimento de preensão - ato de segurar ou agarrar.

Assim a criança segura os brinquedos firmemente, pois seus movimentos já são mais firmes, ela sabe também escolher o que mais lhe agrada. A criança nesse estágio quer chamar a atenção sobre si, puxando a roupa de alguém que está próximo ou tentando mostrar um objeto que considere bonito. Esses gestos, cada vez mais aperfeiçoados, constituem a primeira grande etapa que antecede a locomoção. Preensão e locomoção, aprimoradas no dia-a-dia, oferecem à criança a oportunidade de explorar espaços, manipular objetos, realizar atividades cada vez mais desafiadoras e diversificadas.

A próxima etapa do desenvolvimento da criança que começa a se locomover, exercitando cada vez mais essa capacidade de agir sobre o espaço que ocupa, é o amadurecimento do sistema nervoso, que possibilita um andar seguro, estável, cada vez mais aperfeiçoado.

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