domingo, 18 de abril de 2010

Vacinas - parte 2

Recentemente, cientistas britânicos e um laboratório americano divulgaram notícia sobre uma vacina que promete acabar com as cáries. O professor Tom Lehner, chefe da equipe de pesquisadores do Guy's Hospital Dental School, de Londres, participante do estudo, conta com o apoio da empresa Planet Biotechnology, responsável pela produção. Testes realizados em voluntários ingleses (seis aplicações, duas doses por semana) mostraram sucesso absoluto.

A vacina tem como princípio ativo o caolrxTm, espécie de anticorpo (muito semelhante à imunoglobina humana tipo A), produzido a partir de alterações genéticas realizadas em plantas.
Esse anticorpo logo foi apelidado de plantboy. Eliminando a bactéria Streptococcus mutans, ele impede que ela se instale no dente, formando a placa bacteriana, primeiro grau para formação das lesões da cárie.

A vacina é aplicada diretamente nos dentes, num processo semelhante à aplicação de flúor, é incolor e não tem sabor. Após o período de imunização, a vacina poderá ser reaplicada. O segredo da vacina está no fato de que, ao eliminar o streptococcus, não há como as cáries se formarem, pois são os resíduos ácidos da alimentação da bactéria que corroem os dentes. Valores para comercialização não foram definidos.

A ADA – Associação Americana de Odontologia, dos Estados Unidos, está analisando os resultados obtidos com os voluntários, esperando que o tempo de imunização possa alcançar 20 anos.

O presidente do Conselho Federal de Odontologia do Brasil, Miguel Nobre, vê com muita satisfação a descoberta da vacina, pois afirma que com ela o índice de lesões certamente vai diminuir. Mas os cuidados com a higiene bucal deverão permanecer, pois além de massagear a gengiva, a escova e o fio dental revascularizam a área, evitando processos inflamatórios.

No ano de 2002, pesquisadores brasileiros da Universidade Federal do Rio Grande do SUI, coordenados pelo professor Diógenes Santiago Santos, também desenvolveram uma vacina para combater a infecção hospitalar. Produzida na forma de soro, ela pode combater até 80ill das bactérias que são resistentes a medicamentos prescritos pelos médicos. Em animais, a vacina obteve 100fo de eficácia. Basta saber se em humanos os resultados serão os mesmos.

Caso a vacina seja aprovada, o Instituto Butantã de São Paulo será responsável por sua produção, que depois será distribuída ao Sistema Único de Saúde (SUS).

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