segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Pais franceses dispensam a escola e educam os filhos em casa, decisão correta? Ou a mais equivocada?

Quinta-feira, 3 de setembro, os três filhos de Axelle Rousse não pegaram o caminho para a escola.

Eles não arrumaram a mochila, nem estão inquietos para saber se sua professora será simpática ou severa. Eles ficaram em casa, no vilarejo de Crésangignes (Aube), a cerca de vinte quilômetros de Toryes.

Eles fazem parte dos cerca de três mil estudantes franceses de 6 a 16 anos cujos pais optaram pela educação em casa.

Segundo o ministério nacional da Educação, 3.240 crianças de 6 a 16 anos foram instruídas fora da escola por escolha de suas famílias em 2007-2008

Instalados num pequeno escritório adjacente à sala de estar, Solveig, 10 anos, Eulalie, 8 anos, e Adriel, 5 anos e meio, concentravam-se nos exercícios preparados na véspera por sua mãe.

"Tento acordá-los em torno das 8h para que eles comecem a trabalhar às 9h", explica a senhora Rousse. Tranquila, ela responde às perguntas dos filhos maiores, enquanto ajuda Viera, a pequena caçula de quase dois anos, a colocar miçangas num fio.Licenciada em musicologia, a jovem mulher, que dava aulas de iniciação musical, parou de trabalhar com o nascimento de sua filha mais velha. Em 2006, ela resolveu virar professora.

"Depois de seu primeiro ano de curso preparatório [alfabetização], Solveig não era mais a mesma", diz ela. "Ela havia perdido a alegria. Na classe, ela quebrava os lápis e borrachas. A professora era simpática, mas a escola não soube responder à sua curiosidade, sua necessidade de imaginação e de calma."Quando Axelle considerou a possibilidade de tirar sua filha da escola, seu marido, professor de uma escola técnica, foi a princípio reticente.

"É difícil sair do esquema", reconheceu. "É preciso assumir a reação e o olhar dos outros. Mas não me recordo de ninguém que tenha visto mal."Hoje, para Solveig, a escola não passa de uma lembrança ruim. "A mamãe, ela explica muitas vezes quando eu não entendo, e ela nos dá atividades que parecem brincadeiras", diz ela. "Na escola, tinha muito barulho".

Este ano, sua mãe inovou com um método americano que descobriu num fórum de discussões. Cada criança dispõe de dez gavetas numeradas e, dentro de cada uma delas, uma atividade que não ultrapassa vinte minutos.O dia de aula dura em média três horas e acaba ao meio-dia. Se as crianças param antes, retomam no começo da tarde.

Todas as noites, Axele preenche as trinta gavetas. "Tento levar em conta os gostos deles, sabendo que eles não podem ter somente atividades que lhes deem prazer."Sortudo, Adriel acaba de encontrar na gaveta número três um modelo de Lego para reproduzir. Solveig escreve uma carta para sua colega canadense, enquanto Eulalie preenche seu caderno de inglês. Para facilitar seu trabalho de preparação, Axelle escolheu um "pacote família" num site de apoio escolar online que dá a ela acesso aos cursos de todas as matérias, do ensino fundamental ao colegial. A cada quinze dias, ela vai ao Centro de Documentação Pedagógica de Troyers, "uma mina de ouro".

Ao contrário da ideia corrente, não foi a escola, mas sim a instrução que Jules Ferry [ministro da Educação da França] tornou obrigatória em 1882. Para ensinar em casa, é suficiente, à cada início de ano escolar, fazer uma declaração ao prefeito da cidade e ao inspetor de ensino. O fenômeno ainda é marginal, mas tende a crescer. Segundo o ministério nacional da Educação, 3.240 crianças de 6 a 16 anos foram instruídas em casa por escolha de suas famílias em 2007-2008, um aumento de várias centenas de alunos em relação ao estudo precedente, conduzido em 2000-2001. Entre esses alunos, 1.380 trabalhavam com a ajuda de um órgão de educação à distância, público como o CNED [Centro Nacional de Ensino à Distância], ou privado, e 1.860 sem ajuda.


Esses números não levam em conta cerca de 10 mil crianças que são escolarizadas em casa por motivos médicos, deficiências, distância geográfica ou cujos pais são itinerantes, e que se beneficiam gratuitamente do CNED.Quem são esses pais que fazem a escolha de ensinar seus próprios filhos?

"Famílias com concepções muito pessoais da educação, ou nas quais as crianças sofrem de problemas como fobias escolares, ou ainda pais cuja profissão não se ajusta aos horários da escola", indica Gérard Duty, inspetor escolar encarregado da educação primária em Paris.Elisabeth Walter, que escreve uma tese sobre o assunto, distingue dois tipos de famílias: "Aquelas que nunca colocaram seus filhos na escola, e aquelas que decidiram tirá-los dela".

Para as primeiras, trata-se de uma escolha geral de vida. As mães são mais adeptas da maternidade. Elas favorecem o contato com seus filhos, carregando os bebês em lenços ao redor do corpo, estendendo o aleitamento e dormindo ao lado dos bebês. Já as segundas, tiram seus filhos da escola porque não dá certo, a criança sofre."Com frequência, as famílias que praticam a instrução em casa vêm de meios favorecidos culturalmente, mas não necessariamente socialmente.

Existem desempregados que fazem a escola em casa", acrescenta Elisabeth Walter, também fundadora da associação Libres d'apprendre et d'instruire autrement (LAIA) [algo como Livres para Aprender e Instruir de Outra Forma].Marie, mãe de Adrien, 9 anos (os nomes foram mudados), tirou seu filho da escola durante a 1ª série depois de uma alfabetização já muito difícil. "Ele tinha pesadelos à noite, tinha medo de esquecer coisas em sua mochila", lembra-se. No ano seguinte, ele gritava e segurava na mesa da cozinha para não ir à escola.

Hoje, Marie é muito crítica. "As crianças não vão para a escola pelo prazer de aprender, elas vão pelos amigos. Sem seus colegas de classe, elas se recusariam a ir". O pai de Adrien, do qual ela é separada, era contra a escolarização em casa. Ele finalmente aceitou, com a condição que o menino fosse matriculado num curso por correspondência.

"A escola acaba sendo um pouco violenta. Se não nos defendemos, seremos a ovelha negra", considera Adrien, muito à vontade. "E depois, na escola, temos uma professora para trinta crianças. Levamos um dia inteiro para fazer o que fazemos em duas ou três horas em casa. Eu posso ir ao museu, sair depois do almoço". Ele não sente falta dos colegas? "Tenho novos amigos, bem mais simpáticos, menos violentos, mais calmos.

"E como fica a socialização? Claudia Renau, professora de geografia e mãe de três meninas de nove, sete e quatro anos, foi reticente à ideia de transformar sua casa em escola. Foi seu marido que a convenceu. "Eu não me via privando minhas filhas da socialização de um grande grupo que permite, através dos jogos coletivos, que a criança se adapte a regras de vida que elas não necessariamente escolheram". Ela superou a dificuldade organizando saídas e múltiplas atividades dirigidas a crianças que não vão à escola: oficinas de circo, trabalhos manuais, visitas a museus, jogos ao ar livre...

"Se os pais deem atenção para que os filhos tenham uma vida social com outros referenciais adultos, não há nenhuma outra razão para que eles desenvolvam nenhuma patologia", assegura Nicole Catheline, psiquiatra. "Podemos socializar fora da escola, com a família, os primos, ou através de atividades esportivas e culturais."Na casa de Claudia Renau, as meninas aprendem de acordo com sua vontade e sua curiosidade.

"Não estamos numa corrida com vistas para o vestibular", explica ela. "Mas não excluímos a possibilidade de matriculá-las no CNED a partir do segundo grau ou que elas reintegrem um estabelecimento escolar nesse estágio".Quais estudos, quais carreiras escolhem as crianças escolarizadas em casa? Océane, 16 anos, está na faculdade de Biologia depois de ter passado o bachalerado S [exame equivalente ao Enem] como candidata livre. Por outro lado, seu irmão Hugo, 18 anos, fracassou no exame. Ele fará novamente no ano que vem e pensa em entrar numa escola de desenho.

"Nós sabemos por que", explica a mãe, Valérie Vincent, jornalista por formação. "Ela adotou uma liberdade de tom que não agradou, enquanto sua irmã havia revisto os exames anteriores."Uma enquete, feita por iniciativa da associação pela liberdade de instrução Les Enfants d'Abord, detalha o percurso de cerca de vinte jovens entre 18 e 26 anos.

Alguns não têm nenhum diploma e exercem profissões artísticas, cerca de um quarto fez estudos superiores, com mais frequência a universidade. Outros buscaram formações de webmaster, marceneiro, mecânico, agricultor...Temendo desvios sectários e maus tratos, preocupado em unificar o ensino, o Estado, há dez anos, reforçou o controle das crianças instruídas em família, para a grande irritação dos pais.

A lei de 18 de dezembro de 1998 dá prioridade à escola e as crianças são alvo de uma enquete social a cada dois anos e de um controle anual dos conhecimentos por um inspetor nacional de educação. Muito poucas crianças são obrigação a voltarem para a escola. "Somente 45 crianças tiveram que reintegrar uma escola depois dos controles efetuados durante o ano escolar 2007-2008", assegura o ministério da Educação.

Em 5 de março, um decreto impôs que as crianças instruídas em casa deveriam dominar, ao final da escolaridade, a base comum de conhecimentos e de competências previstas pela lei sobre a escola de abril de 2005. "A instrução em família é considerada uma sub-escolha" lamenta-se Valérie Vincent. "Nós não temos mais uma liberdade real para ensinar". O ministério da Educação se defende: "O que os inspetores escolares precisam controlar é o progresso da criança em relação à escolha pedagógica da família."

Porém, em analise esta também a questão da educação sócio construtiva, uma criança crescendo em uma educação no lar, além de ficar sobre o julgo somente do protecionismo familiar, também não tem o convívio com outros da mesma idade, não tendo assim o crescimento necessario para amadurecer socialmente.

Quanto aos professores? Devem estar em constante aperfeiçoamento, procurando novos métodos não só de ensino, mas também, de desenvolvimento pisquico e mental de cada indivíduo no educandário.

O que fazer então? O melhor nestes casos é procurar uma entidade educacional, que tenha sua base estabelecida em um convívio semelhante ao famíliar, escolas instituidas em construções similares a casas, com ensino sócio construtivo e psicopedagógico misto (não baseado em uma escola pisicopedagógica somente), com turmas pequenas (para o maior aproveitamente e divisão de atenção para com os alunos), atividades extra curriculares dentro e fora do período escolar, que atente para o desenvolvimento indivídual, saneando assim a aguçada avidez de cada um em seu desenvolvimento específicos.

A instituição escolhida deve primar também pela não distinção dos indivíduos por classe social, credo, origem racial... estar sempre aberta à interação dos familiares no processo educativo de acordo com as concepções de vida de cada fámilia, as crianças devem sim ter um maior convívio com os pais em passeios, porém, que família hoje tem tempo e amparo pisico educacional de uma instituição toda voltada e formada para esse propósito.


Tradução: Eloise De Vylder

domingo, 20 de setembro de 2009

Matrículas Abertas



Estão aberto o período de rematrícula para o ano 2010!!!


Como de costume, a Escola Exata faz um desconto para quem efetuar a rematrícula até 30 de outubro... Aproveitem!!!


Até 25% de desconto!!!!

Chupeta

Normalmente, os bebês abandonam a chupeta espontaneamente, perto dos 3 anos. Alguns, porém, não querem nem de longe saber de renunciar a ela.

Se a criança utiliza a chupeta de um modo limitado, por exemplo, à noite antes de dormir, não há pressa em fazê-la abandonar tal costume. Porém, se os pais temem pela saúde dos dentes, é bom começar a convencer a criança a ir gradualmente deixando a chupeta.

É importante evitar o abandono drástico da chupeta, pois isso poderá provocar uma maior crise de ansiedade. É melhor ir limitando o uso da chupeta a algumas situações críticas (sono e choro).

Muitas vezes, quando os pais estão tentando fazer com que a criança largue a chupeta, a situação pode se tornar exagerada. É importante que os pais dediquem mais tempo a criança, tentando criar interesses por outras coisas, em vez de ficar sempre relembrando que a chupeta deve ser esquecida.

Talvez ainda não seja o momento certo de abandonar a chupeta: repare se o momento que a criança está vivendo não coincide com outras mudanças radicais, como o nascimento de um irmãozinho ou a primeira ida à escolinha.

A chupeta não costuma provocar nenhum dano irreversível, nem aos dentes, nem na arcada dentária, principalmente nos dois primeiros anos de vida de um bebê. Porém, depois desta idade, pode influenciar no desenvolvimento da arcada dentária, favorecendo a tendência dos incisivos crescerem tortos e projetados à frente; que os incisivos superiores e os inferiores não se encaixem e que a língua empurre os dentes, quando o bebê engole, em vez de ficar sobre o palato.

É importante evitar o abandono drástico da chupeta, pois isso poderá provocar uma maior crise de ansiedade.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Desfralde

O que fazer?

Como tudo que se refere ao desenvolvimento da criança, apassagem das fraldas para o peniquinho ou mesmo diretamente para o vaso sanitário tem o tempo certo para acontecer, ou seja, a evolução do organismo infantil acontece lenta e gradativamente, etapa por etapa.

Não existe uma idade matematicamente definida para ocorrer o conrole dos esfincteres. No entanto, um bebê está preparado para receber as primeiras noções de higiene entre um ano e meio e dois anos, quando o seu sistema neurofisiológico se mostra maduro para as novas atividades.

A primeira conquista do bebê é o controle da urina durante o dia. Logo depois, consegue controlar também o intestino. Abandonar a fralda notuma é um processo mais longo, que varia de criança para criança, e que geralmente acontece antes dos três anos de idade.

Algumas etapas e estímulos podem garantir o sucesso do desfralde. A primeira é iniciar a criança no hábito de pedir para ir ao banheiro, estando consciente de que seu desenvolvimento motor permite realizar movimentos como se sentar e levantar-se do peniquinho sozinha.

A segunda etapa é a compreensão e o domínio da linguagem a ponto de estar consciente do que lhe é solicitado. Evidentemente, a criança não emitirá a frase: Eu quero fazer xixi! Algumas palavras-chave são suficientes para que o adulto auxilie a criança, sempre incentivando, mesmo que a tentativa não alcance o sucesso esperado. A criança deve perceber que o fato de ter solicitado ajuda já é um grande e importante passo para a superação dessa fase.

Por último, a criança deve ter amadurecimento afetivo desenvolvido o suficiente para despedir se do bebê de fraldas e ocupar o título de "mocinho ou mocinha, que já faz xixi como gente grande".

Exigir que o bebê use o peniquinho antes de um ano de vida não é o ideal, pois os reflexos por vezes superam a vontade de atender a solicitação. Ex.: A criança solicita ajuda para ir ao banheiro, mas o simples contato da pele no vaso sanitário frio ou no próprio peniquinho provoca uma reação que pode inibir e travar os movimentos da bexiga e intestino, o que conseqüentemente impedirá que faça xixi ou cocô.

Tentar o desfrálde próximo ao verão facilita bastante, pois o bebê não necessita de tanta roupa. Vale lembrar que os pais são as melhores pessoas para decidir se acriança está preparada para essa nova fase.

Observar os horários da criança, levando-a ao "troninho" e usá-lo também sempre que possível, para que a criança siga o exemplo. É muito interessante que os pais utilizem os sanitários com os meninos, ajudando nessa parceria, que vale para irmãos mais velhos também. A criança observa como eles agem nessa situação e se sente motivada a se comportar da mesma maneira.

Nunca force a criança a permanecer sentada contra a vontade. Essa atitude pode criar um condicionamento negativo e Ievar a criança a prender as fezes, podendo ocasionar uma prisão de ventre de fundo emocional, que requer Iongo tempo de tratamento. Sugerimos deixar brinquedos, revistas, Iivros de histórias próximos do penico ou para o banheiro, para entreter e distrair criança até que consiga evacuar.

Quando a criança evacuar na fralda, procure Ievá-Ia ao banheiro, para jogarem juntos as fezes no sanitário. Uma criança que evacua regularmente, quase todos os dias, no mesmo horário, tem mais facilidade em Iargar as fraldas do que a criança cUjo intestino é irregular.

Deixe que a criança permaneça uma parte do dia sem fraldas. Quando evacuar, sem a proteção da fralda, sentirá desconforto e incômodo ao permanecer suja. NaturaImente, a criança começa a dar sinais, solicitando que seja Ievada ao sanitário antes de deixar escapar nasroupas.


O ritmo de desenvolvimento docontrole esfincteriano varia de umacriança para a outra. Pais e/ou educadores não devem comparar a criança com outras (principalmente com as precoces). A melhor atitude é somente iniciar o treinamento noturno quando a criança tiver pleno controle diurno.

Nunca trate a criança que está nessa fase de forma infantil, nem use apeIidos de bebê. Afinal de contas, vocês estão num processo de maturidade, que não pára jamais. Acidentes irão acontecer. Acontecem até com os adultos! Castigar a criança nunca, pois mesmo depois que a evacuação no sanitário torna-se uma rotina em sua vida, ela ainda perde a noção do tempo: espera a dor apertar até resolverprocurar o banheiro (principalmente se estiver numa atividade ou brincadeira interessante). Elogie sempre os progressos!

O desfralde é uma etapa do crescimento tão importante quanto engatinhar, andar, falar. É importante que a criança sinta-se bem e confortáveI.
O penico é muito importante, pois proporciona à criança a segturança e o apoio dos pés no chão, o que não acontece no vaso sanitário. A posição naturaI que o penico impõe torna mais fácila evacuação. Superada essa fase inicial, é importante colocar a criança no vaso sanitário de adulto (com a tampa infantiI) para que ela adquira estímulo e responsabiIidade, além de, é claro, sentir-se como gente grande! .

Com carinho, paciência, treino e ausência de cobrança e ansiedade, a criança incorpora naturalmente o novo hábito com sucesso.